Marido confessa assassinato de esposa por ciúmes

Ademar do Amaral se apresentou na delegacia de polícia alegando ter matado Elisiane Raquel Gomes do Amaral

Marido confessa assassinato de esposa por ciúmes

Ademar do Amaral se apresentou na delegacia de polícia alegando ter matado Elisiane Raquel Gomes do Amaral

Ademar do Amaral, 43 anos, se apresentou na delegacia de Polícia Civil na tarde desta segunda-feira, 22, para confessar o assassinato de Elisiane Raquel Gomes do Amaral, 38 anos, que foi encontrada morta na madrugada de domingo, 21, na rua Abraão de Souza e Silva, conhecida como Estrada da Fazenda, no bairro Bateas.

Em coletiva de imprensa, o delegado da Divisão de Investigação Criminal (DIC), Alex Bonfim Reis, relatou que o casal estava em um baile em Gaspar, na tarde de sábado, 20, na companhia de uma amiga. Na festa, Elisiane teria dançado com outras pessoas, fato que deixou Amaral enciumado, gerando até uma discussão entre o casal. Por volta das 20h, eles voltaram para Brusque, deixaram a amiga e foram para a residência.

Amaral contou para o delegado que, já em casa, foi dormir enquanto a esposa continuou acordada conversando no WhatsApp com outras pessoas. Ele continuou remoendo o acontecido durante a festa, levantou e foi questioná-la. Os dois discutiram e, segundo o marido, neste momento Elisiane confirmou que beijou outras pessoas.

Ao ouvir as palavras da esposa, Amaral perdeu a cabeça, foi até o armário, pegou uma corda e estrangulou a mulher, que estava sentada na cama, se preparando para dormir. “Vemos aí mais um caso de machismo, onde a mulher é vista como um objeto, uma propriedade”, diz o delegado.

Ao perceber o assassinato, Amaral se livrou do corpo. Ele arrastou a esposa até o carro, e enquanto a puxava, ela perdeu a calça do pijama que estava vestindo. Ele recolheu a peça de roupa e tirou a blusa dela também, como forma de despistar. Ele foi com o carro até a Estrada da Fazenda e deixou a esposa lá, onde foi encontrada horas depois.

Na volta pra casa, ele pegou as roupas de Elisiane e jogou no meio da rua. O tapete do carro também foi descartado, já que ele temia que houvesse rastros de sangue. “No depoimento, ele indicou onde jogou as roupas e o tapete. Nós fomos até o local, encontramos o material e apreendemos”, destaca o delegado.

Ao chegar em casa, depois de abandonar o corpo da esposa, Amaral usou o próprio celular para mandar mensagens para Elisiane, demonstrando preocupação com seu sumiço. Já no domingo de manhã, ele foi à casa dos familiares da vítima com o intuito de simular o seu desaparecimento.

De acordo com o delegado, os familiares relataram que não havia histórico de violência entre o casal, porém, o relacionamento de Amaral e Elisiane era bastante conturbado, com registro de discussões, rompimentos e voltas.

Nesta segunda-feira, Amaral procurou um advogado e confessou o crime. O advogado o instruiu a se entregar para o delegado. Porém, neste primeiro momento, ele não ficará preso, já que não foi autuado em flagrante. O delegado, entretanto, não descarta o pedido de prisão preventiva. “Para nós, não há dúvida alguma de que ele é o autor do crime”, diz.

Corda utilizada para o crime / Crédito: Levi de Oliveira
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