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Mercado de Pulgas movimenta o comércio de antiguidades

Relíquias do passado foram expostas no evento realizado neste fim de semana em Brusque

Mercado de Pulgas movimenta o comércio de antiguidades

Relíquias do passado foram expostas no evento realizado neste fim de semana em Brusque

O pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof recebeu, no fim de semana, mais uma edição do tradicional Mercado de Pulgas, que chegou à sua quarta edição. No sábado e domingo, brusquenses e visitantes tiveram a oportunidade de comprar e vender produtos antigos. Para quem foi ao pavilhão sem interesses comerciais, o evento propiciou uma espécie de volta ao passado.

Isso começa logo na entrada, quando o visitante se depara com a vista geral da parte interna do pavilhão, onde milhares de produtos estão expostos. Desde artesanatos menos antigos a produtos cujo uso ficou obsoleto no século passado, como gramofones, os primeiros reprodutores de música.

Aliás, é tradicional que algumas barraquinhas tenham suas caixas de som, reproduzindo, obviamente, músicas bem antigas, o que reforça ainda mais o ambiente que reflete o passado. Perto de uma destas caixas de som, que reproduzia um blues, possivelmente dos anos 1950, estava estacionada a Kombi da Matilda Antiguidades, administrada por três sócios.

Um deles é Eduardo Boeing, engenheiro civil. A barraca traz objetos diversos, como máquinas fotográficas e roupas antigas. Boa parte do que é vendido em Brusque é trazido de dois antigos mercados em Ituporanga, de propriedade da mãe e da avó de um dos sócios. “São coisas que estão paradas lá há muito tempo, e aqui se consegue vender”, diz.

O trio participa pela segunda vez do Mercado de Pulgas. Além do que trazem do mercado, também comercializam objetos pessoais, como forma de passar adiante aquilo que não mais lhes serve. “Se compramos uma máquina fotográfica nova, por exemplo, guardamos a antiga para vender aqui”, explica Boeing.

Os objetos expostos têm origens diversas. Em uma das barraquinhas, a vendedora exibe um que, à primeira vista, parece uma pequena estatueta. Quando me aproximo, ela puxa a “cabeça” do artefato, e revela que, na verdade, se trata de um punhal. Trazido do Peru, em uma viagem de férias, esse punhal imita os que eram utilizados por guerreiros incas, em rituais de sacrifício.

Não muito longe dali está uma mesa no qual se encontra uma inscrição: “relógios novos de modelo antigo”. O espaço pertence a Reinaldo Relojoeiro, como prefere ser chamado. Ele participa pela primeira vez do Mercado de Pulgas e explica a inscrição no cartaz.
“São relógios que estavam na vitrine há dez anos, e que nunca foram usados nem vendidos. Aí eu trouxe eles pra cá para vender por um precinho mais camarada. Alguns destes até já saíram de linha, ninguém mais vende”, diz Reinaldo. Enquanto faz negócios, ele conversa com a reportagem e diz que gostou muito do ambiente, que classificou como repleto de “pessoas que sabem apreciar o que é bom”.

Pouco tempo depois, a visita ao Mercado de Pulgas termina, mas seria necessário passar lá um dia todo para conferir com calma todos os produtos. A próxima edição será marcada para o ano que vem, provavelmente até o primeiro trimestre, em datas que serão divulgadas antecipadamente.

 

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