Mesmo sem acesso ao mar, Brusque possui opções em produtos náuticos
Além de embarcações, lojas do setor investem em cursos de esportes aquáticos, como a canoagem
Além de embarcações, lojas do setor investem em cursos de esportes aquáticos, como a canoagem
Mesmo sem ser uma cidade litorânea, Brusque conta com lojas e empresas voltadas ao mercado de barcos e outros produtos náuticos. A proximidade com o mar faz com que muitos brusquenses se interessem pela prática de atividades de lazer como a canoagem, pesca e o jet-ski, sustentando uma variedade de lojas do setor.
O consultor de vendas da Heil Náutica, Luis Raimundi, conta que, embora a busca por produtos náuticos seja grande, o mercado é sazonal: no verão, a busca por embarcações e motores acaba sendo maior do que nos meses de inverno. “No inverno, são mais os barcos de pesca, nossos modelos fishing. No verão, sai mais jet-ski”, diz.
O proprietário da Casa de Aventura, Álvaro Walendowsky, concorda com a sazonalidade da procura pelos itens. Em seu estabelecimento, os produtos mais vendidos são os de proteção solar, como roupas e chapéus, coletes de segurança e também acessórios para as embarcações.
Raimundi explica que os barcos são produtos diferentes de motos ou carros, que saem completos de fábrica. Os itens que fazem parte de uma embarcação são produzidos por diversas empresas diferentes, o que permite que o usuário “personalize” seu barco, comprando um motor de uma marca, o casco de outra, e aí por diante.
“Brusque é uma cidade com muito potencial de compra. Quem adquire um barco por gostar desse estilo de vida, com certeza não larga fácil”, afirma o consultor. Por serem produtos de alto valor agregado, Raimundi ressalta que os compradores precisam se informar para fazer uma aquisição saudável, lembrando sempre que, ao comprar um barco, há também os custos com combustível, marina e revisões periódicas da embarcação.
Segundo ele, a maior parte dos brusquenses que gostam e possuem barcos aportam nas prias de Bombinhas e Porto Belo, além de Piçarras, quando o objetivo é a pesca. Para lazer, as praias mais procuradas são nas cidades litorâneas próximas.
“Quem mais procura embarcações são homens a partir de seus 35 anos. Os mais jovens preferem jet-ski, para fazer mais bagunça”, ri. Ele pontua que, como são bens duráveis e de alto valor, os consumidores costumam ter condições financeiras mais estáveis. “Poderia até ter acesso de mais pessoas, mas não há tantos financiamentos e os juros são altos”, diz.
Prática de esportes
Os produtos náuticos não são utilizados apenas por quem busca lazer, mas também por quem procura praticar atividades, como a canoagem. “Nós somos especializados em canoagem, e a temporada abre no verão. Tem bastante procura por cursos”, conta o comerciante Álvaro Walendowsky, que também é instrutor do esporte. Nos meses de inverno, o foco da loja é no montanhismo, deixando as atividades aquáticos para os meses de calor.
Os cursos oferecidos pela Casa de Aventura são realizados em cidades próximas, como Porto Belo, e também em Florianópolis e Governador Celso Ramos. “Muita gente vem de outras cidades fazer cursos conosco, e também de outros estados, e costumam encontrar a loja como referência em pesquisas na internet”, diz. Quem mais busca essas atividades, segundo Walendowsky, são homens ou casais, normalmente a partir dos 25-30 anos.
“Na canoagem, dá pra iniciar com produtos que são mais em conta”, diz Walendowsky. “Percebo que o nosso público opta pelos materiais que são de mais qualidade, são mais caros, mas também mais duráveis. Pensam no custo-benefício e na eficiência”, finaliza.