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Bastidores da política e do Judiciário, opiniões sobre os acontecimentos da cidade e vigilância à aplicação do dinheiro público

Ministério da Saúde diz que cardernetas de vacinação serão enviadas até o fim do mês

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Bastidores da política e do Judiciário, opiniões sobre os acontecimentos da cidade e vigilância à aplicação do dinheiro público

Ministério da Saúde diz que cardernetas de vacinação serão enviadas até o fim do mês

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Arquivamento
A 3ª Promotoria de Justiça de Brusque arquivou representação formulada por anônimo, a qual noticiava possível desvio de função, recebimento indevido de adicional de insalubridade e descumprimento da jornada de trabalho por parte de uma ex-servidora do município de Brusque. Segundo o promotor Daniel Westphal Taylor, não foi confirmado o alegado desvio de função, tampouco a ausência de justificativa para o recebimento do adicional de insalubridade.


Alta na cesta
A cesta básica de Brusque teve alta de 2,15% em junho, em comparação a maio deste ano, passando a custar R$ 380,93. A alta foi puxada sobretudo pela elevação em 11,52% do preço do pão, assim como leves subidas nos preços da carne, do feijão e do arroz. Os dados são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. Nos últimos 12 meses, os alimentos subiram 7,15% no município, acima da inflação geral registrada no período.


Cadernetas de saúde
Sobre a falta de cadernetas de saúde da criança, noticiadas por O Município nesta semana, o Ministério da Saúde informa que já começou a liberá-las. A previsão é de que todos os estados estejam abastecidos até o final deste mês. Ao todo, serão entregues 3,4 milhões de cadernetas ao custo de R$ 3,5 milhões. O ministério esclarece ainda que a ausência da caderneta de saúde não é um impeditivo da vacinação. “Toda criança pode ser vacinada nos postos de saúde, onde recebe um registro de controle da vacinação, podendo atualizar mais tarde a caderneta. O profissional de saúde também tem esse controle por meio dos prontuários”, diz a nota enviada.


Boletos da prefeitura
Para atender as normas da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), no que diz respeito às formas de cobrança de boletos, a Prefeitura de Brusque começou a aplicar esse mês, no setor tributário, as novas regras para a emissão de boletos registrados. Segundo informações da Secretaria da Fazenda, essa modalidade é mais segura pois vincula a fatura ao CPF ou CNPJ do emissor, evitando assim fraudes tanto para o credor quanto para o devedor.

Mudança
Porém, os contribuintes precisam estar atentos a algumas mudanças. A diretora do departamento de Tributação do município, Nadine Dirschnabel, explica que por conta dessa nova plataforma, o contribuinte só poderá realizar o pagamento 24 horas após a emissão do boleto. “É importante a população prestar muita atenção, porque diferentemente do que é feito hoje, o cidadão não poderá mais pegar o boleto e pagar no mesmo dia da sua emissão”. A Febraban solicitou a implantação da nova forma de cobrança até o fim deste ano. Contudo, a prefeitura já iniciou a aplicabilidade da regra, que deve começar a valer nos próximos dias.


Encontro regional
A Associação Empresarial de Brusque (Acibr) participou na manhã de quarta-feira, 5, em Blumenau, da reunião das associações empresariais do Vale do Itajaí. Com o apoio da Facisc, na oportunidade, representantes de nove das 12 entidades que integram a regional marcaram presença no encontro “Voz Única do Vale” que discutiu pleitos, demandas e temas de abrangência regional, definindo uma agenda de exigências, cronogramas e prazos junto a lideranças políticas.


EDITORIAL

Uma receita de sucesso

Felizes são as comunidades que podem esquecer das agruras federais (e por que não, também das estaduais), concentrando-se nas boas iniciativas locais.

Neste final de semana Brusque realiza mais uma edição de um evento cuja receita, com ingredientes de primeira, tem resultado em saborosas experiências.

A cuca, é claro, não é exclusividade brusquense. Mas aqui encontrou bons panificadores, amadores e profissionais, que há muitos anos a tornaram uma espécie de símbolo informal da cidade.

Da mesma forma, há Festivais da Cuca em várias cidades, mas o de Brusque, que teve sua primeira edição em julho de 2014, tem se destacado pelos seus ingredientes, por uma fórmula bem dosada e pelo cuidado no preparo. Trata-se de uma parceria público-privada que deu certo.

Essas parcerias são famosas porque podem perder rapidamente o ponto e desandar. Quando dá certo é ótimo, quando dá errado, dá muito errado. Mas a reunião do Núcleo de Panificadores da Acibr com o poder público municipal, em torno de um ícone da gastronomia regional tem dado liga, com consistência firme, sabor equilibrado e fermento na quantidade correta.

Essa parceria, contudo, não tem apenas esses dois componentes: faz toda a diferença o envolvimento da comunidade, o apreço generalizado pelo legado gastronômico e o respeito às boas coisas que povoam a memória coletiva.

É a celebração de alguma coisa familiar, de casa, nossa

Parece que aí temos uma parceria do público, do poder público e da iniciativa privada, com o objetivo de valorizar um produto de elaboração relativamente simples, que cresce em importância e sofisticação justamente porque é “nosso”.

A cuca não é algo que apareceu de repente na cidade e interesses comerciais tratam de turbinar sua aceitação com festejos inodoros e insossos.

É uma tradição culinária que veio com os antepassados e foi sendo adaptada e aperfeiçoada por gerações. A alegria dos que participam da festa, ao reconhecer ali sabores das suas infâncias, é genuína. É, de fato, a celebração de alguma coisa familiar, de casa, “nossa”.

Numa Brusque ideal a população, o poder público e a iniciativa privada uniriam-se também para defender, promover e valorizar outros bens, materiais e imateriais, tão importantes quanto a cuca (ou quanto nossa herança culinária).

O valor do trabalho como principal gerador de riquezas e a honestidade como princípio e motor de uma vida saudável, são dois exemplos de receitas deixadas por nossos antepassados que não podem se perder no tempo, esquecidas no fundo de alguma gaveta empoeirada.

E que deveriam ser valorizadas, experimentadas, saboreadas por todos e premiadas. Porque são, como a cuca, coisa “nossa”.

 

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