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Moradora de Brusque luta para reencontrar irmãos que não vê há 30 anos

Objetivo de Marlei é juntar a família para ceia de Natal

Marlei Tourinho Corrêa tem 41 anos, sendo quase 25 como professora, e está em busca de reunir seus irmãos e o pai para a ceia de Natal. Eles foram separados há mais 30 anos e, desde então, nunca mais se reencontraram. No entanto, o alto custo financeiro com viagem impede a realização de um novo encontro.

Além de Marlei, outros dois irmãos moram atualmente em Brusque. Os demais residem no Mato Grosso e no Pará. Apesar de manterem contato pela internet, todos sonham em um reencontro.

Ela está organizando uma vaquinha on-line para suprir com o custo de viagens, no objetivo de reencontrar os familiares. Marlei é natural de Boa Vista da Aparecida, no Paraná, e atualmente mora em Brusque.

Quando ela tinha um ano de idade, foi morar no Pará com os pais e três irmãos mais velhos. “Fomos em busca de melhores condições de vida [no Pará]. Ao passar dos tempos ganhei mais duas irmãs, e então passamos a ser em seis. Infelizmente, meus pais brigavam muito e acabaram se separando”, relembra.

Com o término do relacionamento, o pai dos irmãos saiu de casa, ficando para a mãe a responsabilidade de cuidar dos filhos, que pediu ajuda para seus familiares que moravam no Sul. No dia 25 de agosto de 1989, Tony, o irmão mais novo da mãe dos seis irmãos, foi buscá-los no Pará.

“Achávamos que finalmente iríamos ser felizes, mas não tínhamos ideia do que nos aguardava. Minha mãe decidiu ficar no Pará mais alguns dias para resolver problemas. Então, ficou ela e minha irmã mais velha”, diz.

Após serem separados da mãe e da irmã mais velha, as crianças seguiram rumo ao Paraná com o tio. “Foram cinco dias de viagem de ônibus. Chegamos no Paraná no dia 30 de agosto de 1989, às 10 horas da manhã, sem pai, sem mãe e sem a nossa irmã mais velha”, relembra.

Passaram-se dois meses e nada da mãe aparecer. Os tios então resolveram dividir os irmãos. Assim, cada um foi para a casa de um familiar. “Foram muitas as lágrimas, só Deus sabe o quanto sofremos. Nossos tios foram anjos em nossas vidas, mas nada apagará as tristes lembranças destes momentos de tempestade”, afirma.

Com o passar dos tempos, Marlei veio morar em Brusque e se casou na noite de Natal, na esperança de conseguir reunir a família, mas infelizmente não foi possível.

“Amo esperar os dias que antecedem o Natal, mas para mim é muito triste, pois durante toda a minha vida desejei nos reunir na noite de Natal. Depois de 17 anos reencontrei minha mãe, momento de muita alegria, de sentimentos à flor da pele. Porém, seis meses depois ela faleceu”, afirma.

Para concretizar esse sonho, ela está realizando uma vaquinha. A meta está no valor de R$ 60 mil, em que visa trazer 17 pessoas para Brusque, incluindo os familiares dos irmãos.

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