Moradores do Limoeiro reclamam falta de sinalização na rodovia Antônio Heil

Uma manifestação deverá ocorrer em outubro se placas não forem colocadas no trecho

Moradores do Limoeiro reclamam falta de sinalização na rodovia Antônio Heil

Uma manifestação deverá ocorrer em outubro se placas não forem colocadas no trecho

Se até o dia 10 de outubro não forem colocadas placas de sinalização no trecho próximo à padaria Sodepan, no Limoeiro, na rodovia Antônio Heil, onde acontece a duplicação, os moradores do bairro farão manifestação. A principal queixa é de que os motoristas não conseguem diferenciar o que é acostamento do que é rodovia duplicada, o que coloca em risco a vida dos pedestres e ciclistas que andam pelo acostamento. O professor e ex-presidente da Associação dos Moradores do Loteamento Planalto, do Limoeiro, Rafael Vargas, diz que o trecho que compreende cerca de 500 metros impõe perigo a crianças e idosos. Ele conta que, como ainda não foram colocadas placas indicando a obra, os motoristas utilizam a via de acostamento como se fosse para veículos, impossibilitando os pedestres de usar o espaço. O morador diz que em frente à empresa Irmãos Fischer, no km 23, foram colocados redutores de velocidade, porém, no acesso à padaria não há nenhum tipo de indicação. Ele afirma que devido à duplicação foram retiradas as lombadas e o acostamento que havia. “As pessoas são pegas de surpresa. Queremos que seja tomada uma medida simples, mas isso precisa ser feito agora, não depois”. O que os moradores reivindicam é a colocação de cones e placas para avisar sobre a existência da obra. Vargas, que entrou em contato com a Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Brusque solicitando a melhoria e comunicando que farão manifestações caso uma atitude não seja tomada, diz que os órgãos competentes informaram que somente farão a sinalização no fim do ano ou no começo de 2016. “Nós precisamos que o problema seja resolvido já, pois é agora, com a obra, que estamos vulneráveis a acidentes e atropelamentos”, reforça. Ele ainda conta que os pontos mais críticos são na saída da rua 25 de julho e na rua Itajaí, no loteamento. “É intransitável e tem um número bastante grande de crianças que passam para ir para a escola, além de operários e idosos”. “A comunidade e os motoristas estão sendo lesados. O Deinfra acha que não tem necessidade, mas colocando um cone e um redutor estarão evitando uma morte. Não adianta esperar acontecer o pior para fazer algo”, afirma Vargas. Sinalização está nos padrões O secretário da SDR, Ewaldo Ristow Filho, diz que não é possível fazer sinalização numa obra que não está pronta. Ele afirma que os cones já existem e que a comunidade precisa entender que a rodovia está em obras. Oficialmente, ele afirma, que de acordo com o Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) e a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), a sinalização está de acordo. Segundo o secretário, a sinalização está conforme os padrões – existe a antiga rodovia, e no acostamento, a obra que está em andamento. Edemar Fischer, diretor da empresa Irmãos Fischer, responsável pela duplicação nesta trecho, afirma que tudo é uma questão de adaptação. “Qualquer rodovia, seja secundária ou não, tem seus perigos. Ocorre que com essa duplicação e com o movimento que tem, é preciso mais cuidado por parte das pessoas”. Atropelamento já aconteceu na via Em maio, José Carlos Nascimento Vargas, de 53 anos, pai de Rafael, foi atropelado por um veículo na rodovia Antônio Heil, próximo à padaria Sodepan. Daiana Dognini Santana, que trabalha no local e socorreu José Carlos, conta que ele estava atravessando a rodovia quando um veículo, que vinha sentido Brusque/Itajaí, bateu em sua bicicleta. O homem foi conduzido ao Hospital Azambuja e levou 20 pontos na cabeça. Segundo ela, quem vem de fora e não sabe que a área está em obras acaba usando todo o espaço da via, achando que está duplicada. “Dessa forma diminui o espaço para os pedestres e ciclistas. O espaço que a gente usa como acostamento, alguns motoristas acham que é uma segunda pista”, explica.

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