Moradores querem estrutura de pórtico no Jardim Maluche

Pedras que formam o arco estão abandonados em terreno público no Rio Branco

Moradores querem estrutura de pórtico no Jardim Maluche

Pedras que formam o arco estão abandonados em terreno público no Rio Branco

Cerca de 100 pedras de granito que formaram os arcos utilizados para a sustentação do pórtico que começou a ser construído em 2003 na rodovia Antônio Heil, próximo à Stoltenberg Madeiras, e acabou não sendo finalizado, estão jogadas num terreno público entre a rua Vilton Barbosa e a Ernesto Biachini, no Rio Branco. A idealização e construção do pórtico aconteceu na gestão do ex-prefeito Ciro Roza.

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Com o intuito de tornar útil a estrutura do material, a Associação dos Moradores do Jardim Maluche solicitou à prefeitura que disponibilize as pedras para que sejam colocadas na praça José Celso Bonatelli, que será revitalizada.

O presidente da associação, Juares Graczcki, diz que será uma maneira de dar uma finalidade ao material que está jogado. “É uma pena o estado em que as pedras que formavam os arcos estão. Foi gasto um bom dinheiro público e não dá pra descartar assim”. Ele afirma que as pedras foram lapidadas e que daqui a 2 mil anos estarão intactas, já que diferentemente da madeira, por exemplo, as pedras não estragam. “Se forem montadas novamente ficará bonito – o pessoal se dedicou para fazê-las. Não interessa qual prefeito fez, não se pode simplesmente abandoná-las”.

Graczcki ainda afirma que chegar numa praça que tem algo diferente, como os arcos, dá uma sensação de bem estar. “Apresentamos na reunião dos moradores e o pessoal gostou da ideia. Estamos aguardando uma posição da prefeitura”.

O diretor do Departamento Geral de Infraestrutura (DGI), Julio Cesar dos Santos, diz que os arquitetos do executivo foram até o local em que estão as pedras para analisar se está faltando alguma peça. Ele conta que os profissionais também verificaram na praça do jardim Maluche se haverá espaço para colocar a estrutura. “O projeto da revitalização está sendo finalizado, releituras estão sendo feitas e nos próximos dias saberemos se será possível colocar o material lá”.

Pórtico seria reformulado

No início da gestão do ex-prefeito Paulo Eccel, em 2009, decidiu-se que o pórtico de Brusque, que estava em construção até o fim de 2008, seria reformulado. No entanto, a obra não teve continuidade. Na época, após conversas com os secretários do governo municipal, o vereador Edson Rubem Muller, o Pipoca e o engenheiro do setor de fiscalização do Deinfra, Luiz César Rosa, foi constatado que em alguns pontos do arco a altura era de 4,5 metros, o que impedia a passagem de caminhões com altura superior, oferecendo risco de acidentes.

O engenheiro Rosa chegou a dizer que “se uma empresa local precisasse de uma caldeira de grande porte não teria condição de transportá-la pela rodovia Antônio Heil”.

Além disso, questionou-se a arquitetura medieval prevista para o pórtico, que não estava de acordo com a cultura local.

2 mil toneladas de granito

As pedras de granito cinzas para o pórtico foram retiradas do bairro Limeira e lapidadas por meio de uma técnica chamada cantaria, que consiste em lavrar a rocha em formas geométricas ou figurativas para aplicação em construções. Foram utilizadas, na época, 104 pedras – 52 em cada arco – cerca de 600 metros cúbicos de pedra – 2 mil toneladas de granito. A estrutura ainda compreendia 28 metros de largura por 10 metros de altura.

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