Moradores relatam envenenamento de animais em dois bairros de Brusque

Vizinhos encontraram veneno que causou morte de gato em tampa plástica

Moradores relatam envenenamento de animais em dois bairros de Brusque

Vizinhos encontraram veneno que causou morte de gato em tampa plástica

O recente envenenamento de gatos em dois bairros de Brusque reacende o debate para a prática criminosa. Relatos de animais mortos nos bairros Santa Terezinha e São Pedro indicam o uso de venenos.

As vítimas mais recentes foram dois gatos de Maria de Lourdes Schmitz, 48 anos, no dia 10. Um deles sobreviveu, após dois dias internado em uma clínica veterinária. Revoltada com a situação, a moradora do Loteamento Malossi chegou a produzir cartazes alertando para o crime de envenenamento de animais e mandou confeccionar uma placa alertando para os casos.

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“As pessoas de bem deveriam se unir para evitar que isso continue acontecendo e que se denuncie, mesmo que anonimamente”, lamentou. Os animais, segundo ela, eram mantidos na casa, com terreno cercado, na maior parte do tempo.

Assim como os outros seis gatos que a família mantém, eles haviam sido adotados. Todos ficavam dentro de casa durante a noite. Foi neste período que a família percebeu que havia algo errado. O animal começou a se debater e expelir espuma pela boca. Mesmo levando para o veterinário, ele não resistiu. No dia seguinte, outro animal começou a apresentar os mesmo sintomas.

Faltam testemunhas
O apelo de Maria é reforçado pela presidente da Associação Brusquense de Proteção aos Animais, Lilian Dressel. Segundo ela, as mensagens indicando envenenamento de animais é recorrente, mas em quase todos os casos faltam testemunhas. “Infelizmente é uma realidade bem comum em nossa cidade”.

Segundo ela, a entidade orienta a evitar a deixar animais fora de casa, principalmente à noite. Caso constatado algum sintoma de envenenamento, o atendimento rápido é crucial para ter sucesso no tratamento. “Remédios caseiros não são os mais indicados. O veterinário terá que fazer toda uma limpeza interna para tirar todos os resquícios do veneno”, alerta.

Casos recorrentes
Loriane Eger, 35, havia mudado recentemente para o bairro São Pedro, quando teve a gata da família morta por veneno, há cerca de duas semanas. Ela tinha três anos e havia sido criada em apartamento até a mudança da família. O corpo foi encontrado do outro lado da rua da casa, próximo a uma tampa plástica com veneno de rato.

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De acordo com ela, o animal era dócil e a família não teve tempo de reagir. “Minha menina tem sete anos e era muito apegada a ela”. No mesmo terreno, a mãe e a irmã já tinham perdido animais em casos semelhantes.

A recorrência de casos fez Fabiana de Oliveira, 31 anos, irmã de Loriane, desistir de ter gatos. No caso dela, mesmo mantendo o animal recolhido após as 19h, não foi possível evitar o envenenamento. Só em uma casa vizinha, estima que cinco tenham sido envenenados.

Segundo ela, apesar da recorrência de casos, a forma como ocorreu chamou a atenção da família. “De ver o veneno tão descaradamente é a primeira vez. Já ocorrem casos há algum tempo e eu tenho medo pelas crianças do bairro”. Hoje, a família mantém apenas um cão, que fica dentro de casa, por receio de uma nova ocorrência.

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