MPE rejeita pedido de investigação sobre atuação de Ciro Roza no novo governo

Promotora afirma que não há ilegalidade em apadrinhamento político, mas poderá investigar “condutas futuras”

MPE rejeita pedido de investigação sobre atuação de Ciro Roza no novo governo

Promotora afirma que não há ilegalidade em apadrinhamento político, mas poderá investigar “condutas futuras”

A promotora eleitoral Susana Perin Carnaúba, da 86ª Zona Eleitoral de Brusque, arquivou uma representação que solicitava investigação sobre o apadrinhamento da candidatura do prefeito eleito, Jonas Paegle (PSB), pelo ex-prefeito Ciro Roza (PSB).

A denúncia foi protocolada no dia 1º de dezembro, de forma anônima. O denunciante alegou, em síntese, que o ex-prefeito Ciro Roza, mesmo após ter renunciado à candidatura, por ter seu registro indeferido pela Justiça Eleitoral, “continua agindo por baixo dos panos”.

Utilizou como justificativa, por exemplo, o fato noticiado pelo Município Dia a Dia de que Roza, e não Paegle, participou recentemente de encontro com o presidente do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), para vistoria da obra de duplicação da rodovia Antônio Heil.

O denunciante pediu, portanto, que o Ministério Público Eleitoral (MPE) investigasse a conduta e a participação de Ciro junto à futura administração de Jonas Paegle.

Apadrinhamento não é ilegal, diz MPE

A promotora Susana, entretanto, não vê motivos para uma investigação aprofundada sobre o caso, por ora.

“Em que pesem os argumentos lançados, não há nada que impeça o apadrinhamento de candidatos”, afirma a promotora, no despacho em que determinou o arquivamento da representação.

Segundo ela, “embora válida a preocupação e o pedido de cautela com os próximos administradores, não há como, neste momento, se tomar qualquer medida preventiva quanto à situação, ainda mais quando se leva em consideração que o prefeito eleito sequer tomou posse”.

A promotora eleitoral ressalta, contudo, que “eventual ato que venha a lesar a administração poderá ser denunciado para apuração e providências necessárias”.

Por fim, ela considera que não há justa causa e é inviável a atuação da 86ª Promotoria de Justiça neste caso, por enquanto. Destaca, entretanto, que “condutas futuras que poderão ser averiguadas oportunamente, caso venham a existir”.

O prefeito eleito Jonas Paegle tem apresentado declarações dúbias sobre a participação de Roza no governo. Inicialmente, afirmou que o ex-prefeito e padrinho político não seria nomeado para nenhum cargo. Hoje, cogita-se a indicação de Ciro Roza para a chefia de gabinete.

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