José Francisco dos Santos

Mestre e doutor em Filosofia pela PUC/SP, é professor na Faculdade São Luiz e Unifebe, em Brusque e Faculdade Sinergia, em Navegantes/SC e funcionário do TJSC, lotado no Forum de Itajaí/SC.

Mulher medieval

José Francisco dos Santos

Mestre e doutor em Filosofia pela PUC/SP, é professor na Faculdade São Luiz e Unifebe, em Brusque e Faculdade Sinergia, em Navegantes/SC e funcionário do TJSC, lotado no Forum de Itajaí/SC.

Mulher medieval

José Francisco dos Santos

No dia 8 de março se comemora o Dia Internacional da Mulher, data em que se costuma refletir sobre a posição da mulher na sociedade e denunciar abusos e discriminações sofridas por elas.

Mas há muita confusão nessa luta por emancipação, e boa parte dela não passa de uso ideológico da mulher como “classe revolucionária”. E aí – desculpem-me – não posso deixar de voltar ao assunto da “revolução cultural”, até por que penso que ele deve estar sempre diante dos nossos olhos. O feminismo é um claro exemplo do uso ideológico da mulher para essa “causa”. Mas vamos recompor a ideia. Chamamos de revolução cultural ao fenômeno surgido na Idade Moderna, mas disseminado com mais vigor no século XX, cujo objetivo é minar as bases da civilização cristã ocidental. As armas dessa guerra são sujas, os fatos são normalmente distorcidos, os interesses escusos são escondidos, os valores são invertidos.

No século XIX, os comunistas pensavam que a classe operária iria fazer tal revolução, mas os seguidores de Karl Marx perceberam logo que isso não seria tão fácil. Assim, buscou-se arregimentar todo tipo de descontentes para essa guerra. Marx já havia dito que a família tradicional é uma célula de opressão, que deveria ser destruída. Não foi difícil criar um discurso feminista de emancipação, que colocasse a mulher, nos seus papeis de esposa e mãe, como exemplo de opressão e dominação machista. As feministas não se contentam com a participação da mulher no mercado de trabalho. Em sua pauta estão o aborto, o sexo livre e qualquer bandeira que afronte a moral tradicional, considerada a grande vilã da emancipação feminina. Grupos desse tipo costumam protestar publicamente exibindo sua nudez, como se isso fosse sinônimo de liberdade. Para essa trupe, uma mulher comum, com marido, filhos e feliz é uma aberração.

Mas não parece que o cristianismo e sua moral sejam inimigos da mulher. Estudos históricos sérios mostram o papel extremamente significativo das mulheres na Idade Média. Isso mesmo! Na tal “idade das trevas” as mulheres tinham direito a voto nas assembleias, assumiam postos chave na política, tocavam estabelecimentos comerciais, exerciam as mais diversas profissões “masculinas”, tinham destaque na vida intelectual. Se você está estranhando essa informação é porque suas aulas de história sobre esse período foram parte da tal revolução cultural, cuja especialidade é distorcer fatos e eternizar mentiras.

Mas a mulher medieval era cristã, então, não serve de modelo para o dia 08 de março.

Enquanto isso, vemos a cultura revolucionária exaltar um bando de prostitutas de luxo, de cérebro vazio (ainda não inventaram prótese de silicone para a massa cinzenta!) como modelos de vida e liberdade. Elas ocupam espaços enormes na TV e as páginas de “noticias” dos portais da internet. As meninas tomam-nas como modelo, imitam suas roupas (ou a falta delas), suas conversas vazias, sua descrença moral. Será que isso nos levará a mulheres emancipadas?

Peço às meninas que, se possível, investiguem mais sobre as mulheres medievais, mas não precisam ir tão longe. Perguntem sobre suas avós e bisavós, sobre como enfrentaram tempos infinitamente mais duros, criaram filhos, trabalharam na roça ou na fábrica, mantiveram a fé, a esperança e tornaram possível sua existência hoje. Vocês aprenderão muito mais sobre a verdadeira feminilidade do que com um milhão dessas feministas amargas e destrutivas, que querem ensinar o que, absolutamente, nunca souberam.

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