Mutirão de cirurgias eletivas é realizado no Hospital Azambuja
Hospitais de Santa Catarina haviam paralisado operações por falta de pagamento
Hospitais de Santa Catarina haviam paralisado operações por falta de pagamento
Os hospitais de Santa Catarina irão retomar a realização de cirurgias eletivas a partir de setembro. A realização dos procedimentos estava suspensa porque a Secretaria de Estado da Saúde estava devendo para as entidades. O Hospital Azambuja teve recentemente a dívida quitada, mas espera para receber outros R$ 198 mil.
De acordo com a Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Santa Catarina (Fehoesc), devem ser realizadas 20 mil cirurgias até o fim de 2016. A meta era de 40 mil, porém, o atraso nos pagamentos prejudicou os atendimentos. Os hospitais alegaram que não tinham mais recursos para continuar com as cirurgias.
O Hospital Azambuja faz parte da rede de hospitais que realiza os atendimentos eletivos. Em 2015, a unidade realizou mais de 300 cirurgias. O hospital havia paralisado as cirurgias eletivas por algum tempo, mas agora deve retomá-las.
Segundo o administrador do Azambuja, Fabiano Amorim, no momento, Botuverá será atendida, para em seguida ser a vez dos pacientes de Guabiruba. A instituição faz operações em ortopedia, cirurgia geral e urologia. A ordem é determinada pela Secretaria de Saúde de Brusque.
Amorim diz que com os atrasos o problema para os hospitais era a contratação de profissionais médicos. O que acontecia era que o médico realizava a cirurgia e só recebia seis meses depois. O prazo muito longo prejudicava as negociações e encontrar médicos dispostos ficava mais difícil.
O governo do estado estava devendo cerca de R$ 56 milhões, segundo as entidades representantes dos hospitais do estado. Depois de pressão, as instituições conseguiram que a Secretaria de Estado da Saúde liberasse R$ 43,8 milhões na semana passada.
O montante está sendo pago aos municípios, que, por sua vez, pagam os hospitais. No caso do hospital de Brusque, o valor das cirurgias eletivas está quitado. Contudo, o Azambuja ainda tem seis vezes de R$ 33 mil para receber do estado, totalizando R$ 198 mil, relativos aos incentivos, conforme Amorim. A previsão é receber tudo ainda nesta semana.
Briga de longa data
A Fehoesc e outras entidades representantes dos hospitais filantrópicos de Santa Catarina pressionam o governo desde o começo do ano para receberem os valores de cirurgias eletivas já realizadas.
Desde 2011, o mutirão de cirurgias já operou milhares de pessoas em diversas especialidades. De janeiro a junho deste ano, foram realizadas 17 mil cirurgias no estado. Se a previsão de 20 mil até dezembro se confirmar, o total anual será de 37 mil. Em 2015, foram 50 mil.