Na contramão da atual geração, mães de Brusque planejaram uma casa cheia de filhos
Conheça as histórias de Gisele, Jheimy, Gilce e Caroline
Conheça as histórias de Gisele, Jheimy, Gilce e Caroline
Gisele Morastoni, 28 anos, é uma mulher multitarefa. Além de exercer a profissão de costureira de tapetes, em casa, ela consegue zelar pelos seus cinco filhos. Enquanto conversava com a reportagem, Gisele dividia sua atenção com cada uma de suas crianças – Isabele, 8; Kauã, 7; Nataly Yasmim, 5; Evelyn, 4 e Matheus de 1 ano e 9 meses.
Antes de engravidar da primeira filha, aos 20 anos, a moradora do Planalto queria ter apenas dois filhos. Porém, em dois meses de namoro com o mecânico Vanderlei Ribeiro, 35, os seus ideais sobre família mudaram. Na época Isabele não havia sido planejada, mas foi fundamental para que o desejo de um grande lar permeasse os pensamentos do casal. “Quando engravidei da Isabele foi um grande susto, pois nós (ela e Vanderlei) estávamos juntos há pouco tempo. Mas ficamos felizes”, conta Gisele, que completa: “Logo depois do nascimento da Isabele eu já brincava que queria um menino para que crescessem juntos. Meu marido não queria, mas o Kauã veio”.
Kauã nasceu um ano depois da primeira filha do casal. Para Gisele, foi ótimo, já que “estavam no pique”, e segundo a mamãe, depois que se tem o primeiro bebê, o segundo é mais fácil de cuidar. O que ela e o esposo não imaginavam é que após mais um ano viria ao mundo Nataly Yasmim, 5 anos. “Foi um outro susto”, afirma Gisele. Ela conta que neste momento desejava ter o quarto filho, mas ficavam em dúvida pois já tinham três. No entanto, Evelyn, 4, nasceu para completar a família.
Depois do nascimento das quatro crianças, o casal decidiu esperar mais um tempo para ter outro filho. Até que num belo dia Gisele descobriu que estava grávida de Matheus – o quinto membro dos Morastoni Ribeiro. “Foi um outro susto, mas um susto gostoso, pois os outros já estavam um pouco maiores”.
A costureira, que teve parto normal de todos os filhos, chegou a ganhar laqueadura (ligadura de trompas), porém, não aceitou pois deseja ter o sexto filho em cinco anos. “Quando engravidei pela primeira vez fiquei assustada, mas os filhos foram vindo e hoje temos uma grande família. É tão gostoso. A gente faz tudo por eles e a gente fica com vontade de ter mais”.
Gisele conta que a rotina de cuidar dos pequenos é cansativa, mas maravilhosa. “Mudei bastante, aprendi a ter mais paciência, a olhar para os meus pais com outros olhos. Meu maior desafio é ser uma boa mãe, educar eles para o lado bom da vida”, diz a mamãe, que completa: “Muitos me chamam de louca mas queriam ter essa coragem e queriam ter uma grande família”.
Sonho realizado
Por ser filha única e ter pouca convivência com o pai, a balconista Jheimy Patrícia Von Dentz, 31 anos, moradora do bairro Dom Joaquim, almejava constituir uma grande família. Quando conheceu o alimentador de bateria Rafael de Mello, 27, teve a certeza que poderia realizar seu desejo. Jheimy conta que desde a época do namoro ele concordou em ter muitos filhos. “Eu coloquei na cabeça que um filho era ruim e hoje sou realizada por ter a minha família”.
Com 24 anos a mulher teve a primeira filha: Ana Rafaela, 7. Após, nasceu Lucas, 5; Vinicius Eduardo, 3 e recentemente veio ao mundo Melissa Catarina, de 1 mês. No entanto, o desejo de Jheimy é adotar ainda mais uma criança. A mulher conta que não é fácil mantê-los, já que há gastos com roupas e comida, mas é motivo de realização ter uma família feliz. “Me sinto realizada. É o sonho que tive e graças a Deus deu tudo certo. Meus filhos são saudáveis e se dão bem. Foi mais fácil do que eu pensava”, afirma.
Sete filhos
A dona de casa Gilce de Souza, 37 anos, tem experiência quando o assunto é filhos. A moradora do Volta Grande conta que sempre desejou ter uma família grande. Aos 16 anos, solteira, ela deu à luz Douglas Henrique – seu filho mais velho, com 18 anos. Um ano depois nasceu Lucas Matheus, 17.
Após um período sozinha, Gilce conheceu o vendedor Denílson Cruz Pereira e teve a oportunidade de dar continuidade ao sonho de um lar cheio de crianças. Então nasceu André, 12; Luís Gustavo, 11; Halisson Gabriel, 5; Vitória, 3 e Maria Júlia, de 6 meses. “Como eu tinha só meninos, queria ter meninas também e elas vieram. É difícil criar, dá trabalho e fizemos de tudo para dar o melhor para cada um e isso nos faz muito felizes”.
A dona da casa afirma que teve complicações no último parto, o que torna cada momento com a família mais especial. “É estressante, a rotina é puxada, mas não posso reclamar, eles são tudo pra mim. Eu teria cada um de novo se precisasse”, ressalta.
Novos planos
O casal de comerciantes do Dom Joaquim, Caroline Petermann Bizari, 35 anos e Roberto Bizari, 40, queria ter apenas dois filhos. Quando a mulher tinha 21 anos nasceu o filho Caio e nove anos depois Lara, 6. “Meu desejo era ter um casal, então estava bom”, conta Caroline. No entanto, o casal foi surpreendido com a chegada de Laís, hoje com 2 anos. “Não estava nos nossos planos, mas veio um tempo depois e ficamos contentes”.
O que também não estava no planejamento de Caroline e de Bizari era a chegada do quarto herdeiro – Davi, de 10 meses. “A Laís tinha apenas seis meses quando descobri que estava grávida. A vida é muito corrida e no começo foi até difícil de aceitar”, lembra a mãe, que agora afirma não saber viver sem sua linda família: “É uma correria, mas é gostoso. Eles me dão muita alegria. Quando um não está em casa já sentimos falta da agitação. Nunca me bateu o arrependimento e acho que faria tudo de novo”.
Os filhos carregam entre si algumas coincidências: Laís nasceu no dia 7 de julho; Lara em 9 de agosto; Caio no dia 9 de setembro e Davi em 7 de outubro. Os meninos são loiros de olhos azuis, mais parecidos com o pai, e as meninas morenas de cabelo cacheado, semelhantes à mãe. “Não vivo sem eles”, conclui Caroline.