Nove servidores dos Correios aderem à greve em Brusque
Paralisação atinge setor de distribuição, apesar disto, serviço de entregas está mantido
Paralisação atinge setor de distribuição, apesar disto, serviço de entregas está mantido
Praticamente um quarto dos funcionários do Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) de Brusque aderiu à greve nacional da categoria, que negocia neste momento o Acordo Coletivo de Trabalho de 2015 e 2016. Segundo a assessoria de comunicação da estatal, nove servidores – de um total de 38 no setor – cruzaram os braços, contudo, o atendimento na agência da rua Lauro Müller, Centro, é normal, já que o movimento concentra-se no setor de distribuição.
A greve começou na quarta-feira, 16, e tem adesão em 15 estados, conforme a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Serviços Postais (Fentect). Em Santa Catarina, segundo a assessoria da empresa de entregas, cerca de 11% dos servidores cruzaram os braços. Ainda conforme o comunicado, sete agências do interior estão fechadas e o serviço de entregas está mantido em todos os municípios.
Os trabalhadores dos Correios pedem aumento de 12% nos salários, mais R$ 200 em reajuste linear (concedido a todos, em distinções de cargos) e também a manutenção do plano de saúde deles. Além disso, pedem que sejam contratados mais 17 mil servidores para a estatal, para suprir a demanda, e que sejam restabelecidos R$ 5 bilhões ao fundo de pensão dos Correios.
As negociações já se arrastam há alguns meses e até o momento não estão perto de uma resolução. Os pedidos dos grevistas esbarram em questões maiores, por exemplo, o governo federal anunciou no início da semana que suspenderá todos os concursos públicos, como medida para não inchar ainda mais a máquina pública.
Na sua última proposta, os Correios e o Tribunal Superior do Trabalho (TST) ofereceram 3% de aumento retroativo e outros 3% retroativos a janeiro, totalizando 6% de aumento. “Em busca de acordo, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) ofereceu aos trabalhadores reajuste linear de R$ 200 em forma de gratificação (R$ 150 em agosto de 2015 e R$ 50 em janeiro de 2016), o que representa um aumento de cerca de 15% sobre o salário base inicial dos agentes de Correios (carteiros, atendentes e operadores de triagem e transbordo)”, informa em nota a empresa.
A proposição inclui a manutenção do plano de saúde, entre outras reivindicações.
Esta proposta foi refutada pelos trabalhadores, em razão disto os Correios entraram com uma ação de dissídio coletivo no TST na quarta-feira, 16, no fim da tarde. Basicamente, este procedimento pede a intervenção do tribunal na negociação entre empresa e empregados. “A empresa tomou a iniciativa devido à divisão dos trabalhadores em relação à proposta de acordo coletivo apresentada pelo vice-presidente do TST, ministro Ives Gandra, na última sexta-feira, 11”, diz em nota.