Novos semáforos começam a funcionar nesta quarta-feira, 19
Equipamentos foram instalados no entroncamento que liga os bairros Dom Joaquim, Cedro Alto e Thomaz Coelho
Equipamentos foram instalados no entroncamento que liga os bairros Dom Joaquim, Cedro Alto e Thomaz Coelho
Um grande número de acidentes de trânsito é o resultado da falta de sinalização em um importante cruzamento de Brusque, responsável pela ligação de três bairros: Dom Joaquim, Cedro Alto e Thomaz Coelho. É, pelo menos, o que acreditam os moradores da região.
Depois de seis anos de reinvindicações, na última sexta-feira, 14, foram instalados quatro semáforos nas vias – na rua David Hort (sentido Dom Joaquim a Cedro Alto e também Cedro Alto a Dom Joaquim), na Luiz Morelli (sentido Hospital Dom Joaquim) e na José Dubiela (sentido Thomaz Coelho).
A Secretaria de Trânsito e Mobilidade (Setram), que colocou os semáforos, ainda trabalha para que eles funcionem plenamente nesta quarta-feira, 19, já que ainda estão intermitentes (luz piscando). Ontem começou a ser realizada a pintura nas faixas de pedestres nos acessos. O secretário da pasta, Bruno Knihs, diz que essa é uma demanda antiga e que agora será atendida. Ele afirma que havia abaixo-assinados há seis anos, e que assim que assumiu a secretaria buscou se inteirar deste problema. “Fizemos um estudo para analisar a situação. Juntamente com técnicos fomos conversar com os moradores e fizemos um levantamento que concluiu a necessidade de uma sinalização precisa”, explica.
Knihs fala que sabe dos muitos acidentes que já ocorreram no cruzamento, e frisa, inclusive, que houve vários com gravidade. Ele diz que a imprudência dos motoristas é um dos principais motivos para as colisões. “Vamos disciplinar os condutores, já que o movimento é grande. É um local que tem agropecuária, mercado, posto de gasolina, a escola mais na frente e o hospital”.
O secretário explica que dois sensores de pista de rolamento farão com que os motoristas diminuam mais a velocidade dos veículos. “É uma tecnologia mais avançada. Vai ler o movimento do carro e acionar o semáforo para fechar a David Hort e abrir onde o carro acionou o sensor”, explica. Ele diz que como terá mais fluxo na David Hort, ficará mais tempo aberto. “É como se fosse um pedestre acionando um botão para atravessar a faixa”.
O investimento dos semáforos foi de R$ 6 mil, já que o custo foi apenas com os sensores de pista de rolamento. Segundo Knihs, eles foram transferidos do entroncamento da rua Azambuja com a Tiradentes e Bulcão Viana.
Valorização da região
Jonas Schmitt, administrador do mercado Dom Joaquim, calcula que já tenha visto, em cinco anos, dezenas de acidentes, inclusive um com óbito. Ele diz que como os cruzamentos são em retas, os motoristas passam em alta velocidade. Em média, diz Schmitt, circulam 150 veículos por hora nestas vias. “O acidente que eu presenciei foi em 2011, num dia de chuva, quando um motoqueiro ia sentido Thomaz Coelho ao Centro e um carro vinha do Centro em direção ao Cedro Alto e acabaram colidindo. O motociclista acabou falecendo depois de uns dias”, lembra.
O administrador enumera que colisões de veículos em veículos, veículos em motocicletas e atropelamentos foram os principais acidentes que aconteceram nos cinco anos. Ele afirma que está feliz com a conquista e agradecido por implantarem o semáforo, que segundo ele, reduzirá significativamente as ocorrências. “Seguramente vai diminuir em torno de 90% os acidentes. Além de mostrar respeito, também valorizará a região”.
Felipe Pedrotti, supervisor de reposição, diz que sua esposa se acidentou no cruzamento, após se envolver num engavetamento. Para ele, que mora há 28 anos na localidade, o semáforo, além de diminuir colisões, melhorará o fluxo do trânsito.
O administrador do Auto Posto Opa, que fica em frente aos semáforos, Gabriel Morelli, diz que espera que assim os motoristas respeitam o trânsito. Ele frisa que a via é perigosa e que muitas pessoas (pedestres e motoristas) tinham receio de passar pelo local. “80% é imprudência mesmo, como a via é aberta, o condutor olha pra um lado, olho pro outro e às vezes neste tempo se perde e se acidenta”. Morelli afirma que em três meses viu pelo menos três acidentes.
A revisora Maria Gorete Bento há 15 anos mora no Dom Joaquim e afirma que também perdeu as contas do número de ocorrências vistas. Ela diz que muitas vezes correu sério risco de ser atropelada, tanto caminhando como andando de bicicleta. “Vai melhorar. Agora terão que parar de qualquer jeito”, diz.