Números do Brusque traduzem os problemas de 2024

Aproveitamento ruim, ataque fraco e lesões em excesso ajudam a resumir a temporada

Números do Brusque traduzem os problemas de 2024

Aproveitamento ruim, ataque fraco e lesões em excesso ajudam a resumir a temporada

João Vítor Roberge

O Brusque termina 2024 com números péssimos. Em 59 jogos, foram 14 vitórias, 22 empates e 23 derrotas, com 48 gols marcados e 64 sofridos. Aproveitamento de 36,16%, o pior desde 2012, ano em que o clube disputou apenas a Copa Santa Catarina. O pior aproveitamento em uma temporada sob o comando do grupo que esteve à frente do clube de 2008 a 2011 e que retornou em 2013.

O ano só não foi pior porque o Brusque conseguiu chegar, pelo terceiro ano consecutivo, à final do Campeonato Catarinense. A campanha de vice-campeão foi modesta, com cinco vitórias, nove empates e três derrotas. Ainda assim, foi o suficiente para garantir vaga na Copa do Brasil de 2025, que deverá ter um papel ainda mais central para o clube.

Além disso, há a irritante sequência de 24 partidas sem vencer fora de casa, um recorde na história do clube.

E sim, o Brusque foi um pouco melhor na Série B de 2024 em comparação com 2022. Contudo, a temporada 2022 teve números totais melhores, inclusive com o título catarinense.

Lesões

O já limitado time do Brusque foi devastado por lesões na reta final da Série B. Quase metade do elenco esteve fora das rodadas finais. O quadricolor jogou muitas vezes sem laterais-direitos, sem o principal lateral-esquerdo, com atacantes importantes lesionados. Tem falta de qualidade, tem erros técnicos, tem decisões questionáveis, mas é inegável também o peso deste problema na reta final da temporada.

É necessária uma avaliação da comissão técnica, do departamento médico e da diretoria sobre o que aconteceu e o que deve ser feito para minimizar estes riscos. O prejuízo em algumas partidas foi grande.

SAF

Voltam as especulações sobre o Brusque se tornar uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Em 10 de dezembro, a diretoria e os sócios patrimoniais farão uma reunião que vai tratar, entre outros assuntos, de fazer alterações no estatuto para viabilizar a transição para SAF.

SAF, sozinha, não é uma solução para nada. É necessário um comprador, que tenha uma proposta vantajosa para o clube, e que, a partir daí, haja investimentos e estabilidade. Se o Brusque conseguir algo neste sentido, pode ser bastante positivo.

Contudo, fica por ver como pode ser feita esta transição administrativa e legal com um clube nas condições peculiares do Brusque em questão de patrimônio e torcida.

Treinador

O Brusque não tem a lamentar com a saída de Marcelo Cabo. O treinador se esforçou bastante, os treinos eram longos, as cobranças eram feitas, mas os resultados não vieram. Nunca houve uma recuperação daquela terrível derrota de virada para o CRB, de virada.

Cabo chegou amparado pela contribuição para evitar o rebaixamento do Floresta, mas esta foi uma exceção em seus últimos trabalhos. No Brusque, tem sua responsabilidade pelo rebaixamento, mas é uma parcela que não é maior do que as outras.

Fica a incógnita sobre quem assume em 2025.


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