Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

O Cedro

Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

O Cedro

Pe. Adilson José Colombi

Na semana passada, escrevi a respeito dos “pombos da Matriz”. Elegantes, simpáticos, coloridos, agradáveis aos olhos. Para a nossa saúde, porém, não têm as mesmas qualidades. Ao contrário, não favorecem o nosso viver. Podem pôr em risco, nossa saúde. Hoje, gostaria de compartilhar, com o caríssimo leitor e a estimada leitora, outra realidade que auxilia na composição do belo visual da nossa Matriz que está festejando seu 60º aniversário de sua inauguração. Se fosse um ser humano estaria entrando na dita Terceira Idade. Ou, poderia ter alguns direitos a mais em algumas situações. Ter um lugar reservado, por exemplo, em nossa cultura brasileira, a fila própria.

Falo do “cedro”. Árvore, situada no bosque ao lado da Matriz à direita de quem sobe a escadaria da igreja. Árvore que aparece em quase todos os Estados brasileiros. Mas, muito presente, hoje um pouco menos, na Mata Atlântica. Era bastante comum em nossa região. Todavia, sempre foi bastante cobiçada pelas serrarias e madeireiros da região.

Sempre foi muito apreciado por ser uma madeira nobre bastante utilizada na confecção de móveis. Essa preferência se dava, principalmente, por causa de sua durabilidade (por exemplo, por ser imune ao ataque do cupim); bastante maleável no seu beneficiamento, não oferece dificuldades as serras, ao seu torneio, para pregar, colar, aplainar; seu cheiro ou perfume é característico e agradável (lembro-me que quando ia a escola e passava em frente a serraria do meu primo, sentia-se, na estrada, o perfume do cedro. Inconfundível). Sua coloração mais apreciada é a tonalidade bege-rosado e a castanho-avermelhado.

Falei acima que o cedro somava acrescentando algo ao visual da Matriz aniversariante. De fato, seu verde característico contrasta com o cinza das pedras das paredes. Também seu porte elegante com seu tronco robusto retilíneo e sua copa vistosa, em forma de um carimbo, embeleza a paisagem circunstante à Matriz, enriquecendo as possíveis fotos. Este cedro o conheço há mais de trinta (30) anos. Creio que ainda está crescendo em tamanho, grossura do tronco e durabilidade da sua madeira. É a presença de uma árvore da mata nativa, que nossos antepassados se serviram para fazer suas primeiras casas e móveis, em tempos heroicos de nossa História.

O cedro não está presente, apenas, nos arredores da Matriz. Não, está também dentro da Matriz. No grande Crucifixo, suspenso acima do Altar. Nas duas imagens laterais, representando a Mãe de Jesus, Maria de Nazaré e São Luis Gonzaga, Padroeiro da Paróquia. Essas duas últimas são obras do escultor Werner Thaler, de Treze Tílhas, SC, família de ascendência austríaca, de uma linhagem de grandes escultores.

A nossa Matriz está compondo com a Criação de Deus e colocando os elementos tão úteis e necessários à nossa vida pessoal e sociocultural a serviço de Deus: minerais, animais, humanos. Todos louvando e agradecendo ao Deus Criador e a seu Filho, aproveitando os dons do Espírito Santo. Sem esquecer a Arte, nesse louvor e agradecimento.

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