“Eu diria que Brusque não tem governo”, afirma novo presidente do PT do município

Cedenir Simon fala sobre a política municipal e os prognósticos do partido para as próximas eleições

“Eu diria que Brusque não tem governo”, afirma novo presidente do PT do município

Cedenir Simon fala sobre a política municipal e os prognósticos do partido para as próximas eleições

Eleito recentemente em votação na chapa de consenso, Cedenir Simon, ex-chefe de gabinete do governo Paulo Eccel (PT) conduzirá o PT de Brusque nas próximas eleições gerais e municipais.

A posse será no começo de maio, portanto, atualmente, o ex-vereador Felipe Belotto ainda preside a legenda. Sua eleição aconteceu junto a de outros cerca de 4 mil diretórios municipais do PT em todo o país, dentro da chamada “renovação programada” do partido.

Eleito em uma chapa apoiada por 42 pessoas, Simon afirma que seu objetivo, à frente do mandato, será levar o legado da administração de Paulo Eccel adiante.

“Temos um legado, uma história longa em defesa do serviço público de qualidade, e em defesa dos trabalhadores em Brusque”, afirma.

“A gente teve seis anos de governo, que infelizmente foi interrompido, mas deixou um legado, uma história, construiu políticas para a cidade que deixaram marcas boas”, afirma o presidente eleito do PT.

“Temos orgulho deste momento, do governo Paulo Eccel, e temos que defender essa política como um exemplo de modo de gestão”.

Candidaturas em 2018
Simon diz que o partido, em Brusque, sempre esteve envolvido nas eleições gerais, com lançamento de candidaturas, e que há a certeza de que isso se repetirá em 2018, quando caberá aos diretórios municipais decidiram por candidaturas de deputado estadual e federal.

Segundo ele, o nome natural do partido seria do ex-prefeito Paulo Eccel – que está com os direitos políticos suspensos, em virtude da cassação do seu mandato, em março de 2015, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Também tem nomes que já disputaram eleições e nomes novos, que podemos levar em conta. Além de reafirmar a liderança do Paulo Eccel, no momento oportuno vamos fazer debate sobre os nomes”.

Os efeitos da delação
Questionado sobre os efeitos da delação premiada de executivos da Odebrecht, que afetou políticos do Oiapoque ao Chuí, Cedenir Simon afirma que ela demonstra que o sistema privado de financiamento de campanha tem que mudar.

“Isso demonstra que o sistema privado de campanha de fato esta falido. Por isso sempre defendemos o sistema público de financiamento porque, na prática, quem contrata a banda escolhe a música”, diz.

O objetivo da delação, por parte do delator, é reduzir pena. Não dá para partir do pressuposto de que o que foi dito pelo delator é verdade

“A Odebrecht há mais de 30 anos financia tudo no Brasil, não só política. O problema não iniciou agora, é do sistema eleitoral brasileiro”.

Apesar disso, ele diz que não se pode tomar as delações como verdadeiras.

“O objetivo da delação, por parte do delator, é reduzir pena. Não dá para partir do pressuposto de que o que foi dito pelo delator é verdade”, afirma.

O governo de Brusque
O novo presidente do PT, instado a avaliar o atual governo do município, do prefeito Jonas Paegle (PSB), só tem críticas.

“O governo de Brusque, eu diria que não tem governo. Iniciou fragilizado pela quantidade de votos que recebeu, teve um terço dos eleitores”, avalia.

“É um governo que não tem comando, ficou evidente isso neste início de mandato. Não tem projeto, não tem norte, não tem rumo. É um governo sofrível para Brusque”, afirma Simon.

Ele diz ainda que, desde que foi eleito, o governo “fez muitas trapalhadas no campo politico, no campo jurídico, no campo administrativo”.

É um governo que não tem comando, ficou evidente isso neste início de mandato. Não tem projeto, não tem norte, não tem rumo. É um governo sofrível para Brusque

Segundo ele, o vereador Claudemir Duarte, o Tuta, único representante da sigla no poder Legislativo, deve manter uma postura de fiscalização em relação ao governo.

“O Tuta tem sido um vereador atuante, tem a tarefa de representar todos os que participaram e que foram atores no governo Paulo Eccel, cobrando transparência, fiscalizando, cobrando ação e responsabilidade com o dinheiro público. A gente espera que ele tenha uma atuação forte para defender o nosso legado”.

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