Enquanto, no Brasil, o impeachment de Dilma finalmente saiu da gaveta, a Argentina já deu um “chega pra lá” no peronismo populista dos Kirchner. A Venezuela teve, no último domingo, eleições parlamentares, cujas pesquisas davam vantagem à oposição do governo do chavista Nicolás Maduro e seu desastrado “socialismo do século XXI”. No momento em que escrevo, não tenho ainda informações sobre o resultado, mas se as pesquisas se confirmarem, será mais um país tentando se livrar desse lixo ideológico que se instalou na América Latina, e que foi muito bem montado pelo chamado “Foro de São Paulo”. O “Foro” foi fundado em 1990 por Lula e Fidel Castro, congregando a esquerda no continente, mas também uma gama de entidades clandestinas e criminosas, como as FARC, da Colômbia, ligadas ao narcotráfico.
Por muitos anos, uma única pessoa denunciou esse gigantesco conchavo: o filósofo brasileiro Olavo de Carvalho, que sempre foi ignorado e tachado de propagador da “teoria da conspiração”. A imprensa oficial nunca noticiou nada sobre essa organização, até muito recentemente. O fato é que ela deu frutos, espalhando a ideologia socialista pelo continente.
Quando o “clubinho” foi fundado, o único país socialista da América Latina era Cuba. Com um pingo de inteligência e honestidade intelectual, qualquer um que conhecesse a situação daquele país rechaçaria, veementemente, a idéia de imitá-lo. Mas não é o que acontece com a intelectualidade esquerdista e com as inúmeras organizações “populares” que eles controlam, como o MST, o MTST e congêneres e, mais recentemente, também os grupos organizados de homossexuais, como o GLBT, que são utilizados pela esquerda como massa de manobra, talvez ignorando que os países socialistas são os piores repressores da homossexualidade.
Depois do sucesso dos últimos anos, agora parece que o continente está percebendo, aos poucos, o terrível engano de confiar nos partidos socialistas como porta-vozes dos pobres e oprimidos.
É difícil apostar no sucesso do impeachment, mas não importa se Dilma saia agora ou em 2018. Aquele que a suceder terá um abacaxi imenso para descascar, para tentar recuperar um país que está sendo feito em frangalhos. E ainda terá os governistas de hoje como opositores, certamente culpando o sucessor pelas dificuldades enfrentadas. Isso é o que já espera, em 2016, Maurício Macri, o sucessor de Cristina Kirchner na Argentina. Se a Venezuela conseguir se livrar do chavismo, o sucessor terá uma terra arrasada para reconstruir.
De qualquer forma, quanto mais cedo isso começar, melhor. É por isso que o impeachment nos daria, a princípio, dois anos a menos de desgoverno. Pelos menos é o que se pode esperar. Aguardemos o desenrolar desse confuso novelo.