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O que você precisa saber sobre a vacinação simultânea contra gripe e Covid-19

Ricardo Freitas recomenda não confrontar as vacinas do coronavírus e da Influenza juntas

O médico infectologista da Prefeitura de Brusque, Ricardo Freitas, falou nesta sexta-feira, 16, no programa O Município Ao Vivo, sobre a vacinação contra a gripe Influenza e a da Covid-19. De acordo com ele, o recomendado é não fazer a aplicação dos imunizantes de forma simultânea.

“Então, teríamos que respeitar um prazo de 14 dias entre elas. Por conta deste prazo e por estarmos vacinando os idosos [contra a Covid-19], foi iniciada [a campanha da gripe] pelas crianças”, explica. Ou seja, enquanto ocorre a vacinação dos idosos contra o coronavírus, a campanha da vacina contra Influenza começou ao contrário, pelas crianças.

Segundo ele, a primeira semana da Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza de 2021 teve baixa adesão pela população em Brusque.

“A gente esperava vacinar 20% do quantitativo de doses nesta semana. Somente 3% da população necessária para ser vacinada compareceram nas Unidades de Saúde para tomar a vacina. Número muito baixo e certamente a Secretaria de Saúde está pensando em promover outras ações”, diz.

Vacinação da gripe antes do inverno

O médico também explica sobre os motivos de fazer a Campanha de Vacinação contra a Gripe neste momento. Segundo ele, a maior eficácia da vacina da gripe ocorre nos meses de inverno. Portanto, a vacinação em abril protege a população em maio, junho e julho.

“Depois começa a cair a eficácia dela, a ponto de precisarmos revacinar a população alvo um ano depois. Então, esse é o momento de vacinar”, afirma.

Usar a vacina da gripe deixa o corpo menos suscetível à Covid-19?

Durante a entrevista, um leitor questionou o médico infectologista se usar a vacina da gripe deixa o corpo menos suscetível à Covid-19. Ricardo respondeu que a informação parece ser falsa.

Ele explica que muitos profissionais da saúde, que são vacinados, foram afastados por conta da Covid-19 e outro morreram, principalmente no início da pandemia. Agora, vacinados contra o coronavírus, não registra casos graves de contágio entre os colegas.

Outro exemplo prático dado pelo especialista foi a mortalidade dos idosos na primeira onda da pandemia, em 2020. Agora, o número de casos graves neste grupo é menor, até por conta da vacinação contra a Covid-19 estar acontecendo.

Confira a entrevista completa:

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