O retorno do quadricolor encantou; a bizarrice das câmeras horrorizou
Critérios da CBF foram colocados em xeque com a transmissão tremida de Brusque x Ituano
Critérios da CBF foram colocados em xeque com a transmissão tremida de Brusque x Ituano
A noite de 14 de outubro de 2024 já fica marcada na história do Brusque como o retorno do time ao estádio Augusto Bauer, 358 dias após a última partida, terminada em derrota para o Amazonas na final da Série C.
O reencontro entre o clube e a sua cidade em uma partida importante foi sensacional de todas as formas, com o torcedor fazendo uma festa linda e empurrando o quadricolor até uma merecida vitória. Sob estes aspectos, do campo e bola e da relação entre time e torcida, foi uma noite fantástica, de verdade.
Para quem não é de Brusque, não torce pelo clube ou não vive o clube, tudo de bom do jogo foi ofuscado pelo que houve de mais bizarro: o ocorrido com as câmeras nas torres da arquibancada descoberta, que receberam apelidos dos mais diversos. As imagens no SporTV/Premiere eram de embrulhar o estômago, numa tremedeira vergonhosa que incomodava demais e até impedia pessoas de assistir por muito tempo.
A movimentação da torcida na arquibancada, como previsto e incontestável pelas leis da física, fazia as torres tremerem. Talvez ninguém imaginasse o tamanho do problema que isto causaria na prática, mas era claro, óbvio, patente que haveria problemas. A começar pelo acesso dos cinegrafistas.
Foram feitos avisos sobre os riscos. Eram calculáveis, previsíveis. As chances de aquilo ser um sucesso eram muito menores do que as de serem um fiasco. Só não se saberia o tamanho do fiasco.
Tanto se fala no futebol e nos demais esportes brusquenses em “levar o nome de Brusque para todo o Brasil”. Não precisava levar desse jeito.
Para além disso, o Carlos Renaux e o Brusque colocaram os critérios de fiscalização de estádios da CBF em xeque. Não só os clubes foram responsáveis pelos problemas na transmissão (um enquanto proprietário do estádio e outro enquanto mandante), mas também a CBF, por não supervisionar as estruturas.
Os clubes provaram, basicamente, que bastam os laudos de segurança e vigilância sanitária, e o resto que se dane para ter um estádio na Série B. Pode colocar uma câmera em brinquedo de parque, improvisa uma bancadinha para a imprensa num lugar projetado para ser camarote e tanto faz, vai ter jogo e pronto.
Está confirmado que não tem como câmeras de transmissão serem posicionadas ali. A partida entre Barra e Concórdia, disponível no YouTube, foi realizada no Augusto Bauer com câmeras posicionadas no lado original. A visão da linha lateral mais próxima fica um tanto comprometida, sim. Mas entre um ou outro ponto cego e a labirintite maluca, todo mundo fica com a primeira opção.
Agora é ver o que será feito a respeito. Como a Globo e a CBF vão reagir ao episódio e se o Brusque poderá solucionar o problema a ponto de permanecer no Augusto Bauer. A princípio, o jogo de sexta-feira, 18, contra o CRB, continua ali.
Muitos jogadores fizeram um partidaço contra o Ituano. Tato González foi um deles. Verdadeiro camisa 10, teve grande atuação, mostrou muita raça, apanhou da marcação e foi coroado com a assistência para o gol de Rodrigo Pollero.
Pollero não fez um mau jogo, mas perdeu as chances mais claras de gol. Poderia ter saído do Augusto Bauer consagrado, com três ou quatro gols, chegando à artilharia do Brusque na Série B. Contudo, sua barra fica aliviadíssima com o gol da vitória. Gol com a garra uruguaia. Muitos teriam caído pedindo pênalti, mas Pollero arrastou a marcação até conseguir o cabeceio.
Merecidíssimo. Foi o primeiro gol do Brusque no novo Augusto Bauer e o primeiro gol de um estrangeiro na história quadricolor.
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A Abel Moda Vôlei estreia na Superliga nesta sexta-feira, 18, às 18h30, contra o Minas, na Arena UniBH. A partida tem transmissão do SporTV2.
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