Obras de duplicação da rodovia Antônio Heil avançam em meio a entraves
Trecho estadual é o que concentra maior número de frentes de trabalho
Trecho estadual é o que concentra maior número de frentes de trabalho
Após um início com ritmo lento, a obra de duplicação no trecho estadual da rodovia Antônio Heil (SC-486) segue em várias frentes de trabalho. O consórcio Triunfo/Compasa, empresa responsável pela obra, está concentrado na terraplanagem de alguns pontos da estrada: do quilômetro 6 ao 10 e também do quilômetro 15 ao 18.
Leia também: Brusque apresenta redução no índice de participação do ICMS
Paralelamente, a empresa trabalha no alargamento dos bueiros ao longo do trecho correspondente à obra, que vai do entroncamento da BR-101 até a lombada eletrônica do bairro Limoeiro. O engenheiro de fiscalização do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), Cléo Quaresma, afirma que o trecho é composto por 90 bueiros, destes, 25% já foram alargados.
De acordo com ele, o trecho mais delicado da obra é a construção do viaduto próximo à Petrobras e à Epagri. “Estamos fazendo o projeto do desvio da Epagri para fazer a fundação do último bloco, com 12 estacas”, diz.
Já para o viaduto próximo à Petrobras, o entrave é maior. Segundo o engenheiro, é preciso aguardar o governo do estado fazer o pagamento da desapropriação da casa que está localizada onde será construído o acesso. “É preciso que o governo pague a desapropriação para que se possa fazer a conclusão da fundação do viaduto. O apoio da fundação está projetado bem no meio onde fica a casa. Se o governo não pagar a desapropriação, não podemos finalizar a fundação do viaduto”, destaca.
Ele afirma que praticamente 75% da fundação deste viaduto está concluída, faltando o último bloco com 24 estacas.
Apesar disso, Quaresma afirma que os trabalhos estão num ritmo aceitável. “A firma resolveu trabalhar. Não está no ritmo lento do ano passado. O tempo também está colaborando, esperamos que neste ritmo o cronograma possa ser cumprido. Agora, é só mais a boa vontade da empresa trabalhar”.
De acordo com ele, no trecho que pertence à Itajaí, a empresa deve começar a trabalhar no asfalto daqui a 15 dias. “Estamos definindo os traços de base, de capa de asfalto para poderem começar com esse trabalho no asfalto mesmo”.
O prazo para entrega deste trecho expira em 2017, conforme o contrato, mas houve o atraso no início da obra devido à demora no licenciamento ambiental.
Viaduto já ganha forma
Já no trecho sob responsabilidade da empresa Irmãos Fischer, o trabalho de duplicação, propriamente dito, já está praticamente finalizado. Falta apenas a colocação da última camada de asfalto e a sinalização, que só serão feitas após a conclusão do viaduto, que está sendo construído em frente à empresa.
A montagem da estrutura do viaduto iniciou no mês de janeiro e, segundo o engenheiro, a obra está dentro do cronograma previsto. “Os trabalhos no viaduto estão acelerados, acredito que até o fim do ano estará tudo pronto”.
O viaduto terá 39 metros de extensão. De acordo com o projeto realizado pela empresa Prosul Engenharia, está prevista a implantação da intersecção composta por dois viadutos de forma que as marginais funcionem como uma grande rótula com retornos livres, proporcionando mais fluidez ao trânsito.
Mais de R$ 160 milhões
Com um tráfego diário de aproximadamente 20 mil veículos, a rodovia é a principal entrada para o município. A via liga a BR-10 possui trecho de 21 quilômetros de extensão e sua duplicação está dividida em duas etapas. Ao todo, os quatro quilômetros de obras sob responsabilidade da Irmãos Fischer custarão em torno de R$ 35 milhões para a empresa – que terá este valor de volta em abatimento de ICMS pelo governo do estado.
A duplicação da rodovia no trecho de responsabilidade do governo do estado é financiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no valor de R$ 131 milhões. A contrapartida do governo do Estado é no custeio das desapropriações de áreas.