Observatório Social de Brusque completa 14 anos de atividades
Presidente da entidade fala sobre trajetória e desafios da entidade ao longo dos anos
Presidente da entidade fala sobre trajetória e desafios da entidade ao longo dos anos
Fundado em 28 de abril de 2011, o Observatório Social de Brusque (OSB) completa 14 anos de atividades nesta segunda-feira. A entidade foi criada com a missão de contribuir para uma sociedade mais ética, transparente e participativa, por meio da educação e fiscalização dos gastos públicos.
Ao longo destes 14 anos, a organização atuou em diversas frentes – da educação fiscal ao monitoramento de políticas públicas – nos municípios de Brusque, Guabiruba e Botuverá, incentivando o exercício da cidadania e a melhoria da gestão pública, promovendo educação fiscal e monitorando os gastos públicos.
Em entrevista, o presidente do OSB, Evandro Gevaerd – que é voluntário desde o seu início – compartilha um panorama da história do OSB, os resultados alcançados até aqui e os caminhos que ainda estão por vir.
O OSB completa 14 anos, o que essa data representa para você e para a instituição?
Evandro: Representa uma mudança na relação da sociedade civil com o poder público. Pela primeira vez, foi criada, de forma organizada, uma entidade que representa a comunidade para acompanhar e questionar a aplicação dos recursos públicos, bem como contribuir para a melhoria da gestão.
Quais foram as principais conquistas ao longo desses anos?
Evandro: Quem acompanhou as ações do Observatório durante esses 14 anos percebeu grandes melhorias na gestão. Observamos que a simples presença do Observatório provocou, na administração pública, maior cuidado em suas rotinas e ações. Algumas intervenções do Observatório em processos de compras e até em decisões políticas trouxeram economia e racionalização no uso dos recursos públicos.
Desde o início das atividades, notamos uma certa apatia da sociedade em relação às questões públicas. Por isso, a partir de 2016, iniciamos os programas de educação fiscal e cidadã, aplicados em todas as escolas públicas e particulares de Brusque, Guabiruba e Botuverá. Essa ação se ampliou, e acredito que, em breve, teremos cidadãos mais participativos.
Como o OSB impacta diretamente a vida das pessoas, mesmo aquelas que talvez nem conheçam o trabalho da organização?
Evandro: Nosso trabalho busca a melhoria constante da aplicação dos recursos públicos e atua fortemente na educação fiscal e cidadã. Nesse sentido, todas as ações, diretas ou indiretas, do Observatório que contribuem para uma gestão pública mais eficiente acabam impactando positivamente a vida das pessoas, por meio da melhoria dos serviços e do atendimento às necessidades sociais promovidas pelas prefeituras da região.
Quais são os principais desafios enfrentados atualmente para manter o trabalho ativo e independente?
Evandro: É natural que pessoas com interesses políticos ou particulares tentem “usar” o OSB para seus próprios objetivos. Por isso, é fundamental que a entidade mantenha um filtro bastante criterioso para conduzir suas ações, buscando sempre o bem comum.
Além disso, como somos uma organização da sociedade civil independente e sem fins lucrativos, manter a estrutura ativa e técnica também exige responsabilidade financeira. Nesse sentido, os nossos mantenedores cumprem um papel fundamental: são eles que garantem que possamos seguir com autonomia, seriedade e foco no que realmente importa: a melhoria da gestão pública e o fortalecimento da cidadania.
Quais os planos para o OSB nos próximos anos?
Evandro: Estruturar cada vez melhor a entidade, com profissionais e voluntários capacitados para atender demandas técnicas e, assim, potencializar ainda mais nossas ações. Afinal, nosso propósito é apresentar um trabalho técnico e responsável.
Como o atentado de 11 de setembro quase afetou abertura do Alivia Cuca, famoso bar de Brusque: