Oposição critica políticas do governo Prudêncio

Não abertura da UPA, confirmada pela gestão interina, voltou a gerar discussões no plenário do Legislativo

Oposição critica políticas do governo Prudêncio

Não abertura da UPA, confirmada pela gestão interina, voltou a gerar discussões no plenário do Legislativo

Vereadores da oposição estão inconformados com a não abertura da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas, no bairro Santa Terezinha, decisão tomada pela atual gestão. O anúncio da devolução dos R$ 2 milhões investidos pelo governo federal na edificação serviu como estopim para uma série de criticas oposicionistas à gestão interina.

Patrícia Pykocz Freitas (PT), líder do principal partido de oposição no Legislativo, classificou a decisão como lamentável. “O município vem num grande crescimento, e a gente percebe que é uma decisão política, que não prioriza a saúde”.

A vereadora voltou a contestar o argumento da atual administração de que não há dinheiro em caixa para manter a UPA aberta. “É só consultar as leis aprovadas em 2014 prevendo um investimento a mais na saúde. No orçamento para 2015 foi previsto R$ 88 milhões, já considerando um pouco mais de R$ 10 milhões para a UPA. É lamentável, não estamos indo no ritmo do desenvolvimento da cidade”, afirmou.

Valmir Ludvig (PT), líder da oposição, fez declarações no sentido de que a decisão da não abertura da unidade tem motivação além da financeira. “Será que não querer abrir a UPA não seria uma resposta generosa à pressão de setores que se sentem mais e mais ameaçados pelos serviços de saúde de qualidade na área pública? Seria uma questão a ser respondida”, afirmou.

Patrícia comentou ainda a expressão cunhada pelo prefeito interino quando do início de seu mandato, o chamado “Pacto por Brusque”.
“Uma das questões do pacto que ele traz é sobre o compromisso com a saúde. O fechamento da UPA é um compromisso com a saúde de Brusque? Inúmeras vezes as pessoas têm reclamado da demora no atendimento dos hospitais. Por mais qualificados que eles sejam, precisamos avançar. O fechamento não pode ser considerado um pacto por Brusque”, concluiu a vereadora.
Contraponto do governo

Do lado do governo, três vereadores se manifestaram sobre o tema. Celso Emydio da Silva (PSD) comentou as críticas feitas pela oposição à gestão da saúde do município, e disse que todo governo enfrenta dificuldades. “Quando assumimos, tinha uma ambulância funcionando, as outras quatro estavam encostadas, as dificuldades existem em todos os lados”, afirmou.

Moacir Giraldi (PTdoB) também reconheceu a dificuldade em gerir a pasta, e passou a bola para o governo federal. “Brusque também precisa ser ouvida pelo governo federal, que está acabando com o país, com os cortes de investimentos. Na saúde, a presidente teve coragem de cortar quase R$ 12 bilhões, é claro que Brusque vai sofrer”.

Para o líder do governo, Alessandro Simas (PR), a oposição tem discurso repetitivo, “mesmo a secretária de Saúde e o secretário de Orçamento mostrando que não tinha dinheiro para a UPA”. Simas reconheceu o incremento de recursos citado pelos oposicionistas, mas reitera que mais de 50% deste dinheiro já foi utilizado na alta complexidade. “Não tem dinheiro, não estava previsto, eles [governo Eccel] não iam abrir a UPA, é simples”.

Recuperação da SC-486

O vereador Norberto Maestri, o Kito (PMDB), apresentou requerimento para que o Legislativo envie correspondência ao Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), com cópia à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional em Brusque e Itajaí (SDR), solicitando que seja realizada a recuperação do asfalto em trecho da SC-486.
Ele pede que seja dada atenção ao intervalo que compreende o início do bairro Jardim Maluche, em Brusque, até a divisa com Botuverá, a fim de eliminar buracos e desníveis que, segundo o parlamentar, estão comprometendo o tráfego local e colocando em risco a segurança da população que lá transita. Kito argumenta também que os buracos representam risco de danos materiais aos veículos que passam pela via.
Cidadãos honorários

A Câmara de Vereadores aprovou ontem, por unanimidade, a concessão de sete títulos de cidadão honorário. Serão agraciados com a honraria Osvaldo Quirino De Souza, Gildo Kurtz, Sabina Mattiello, Sergio Ferreira, Fermino Ferreira Dos Santos, Ana Maria Soprano Leal e Vilson José Schneider. Uma data ainda será marcada pelo Legislativo, que entrou em recesso ontem, para concessão dos títulos.

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