Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

Campanha da Fraternidade Ecumênica

Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

Campanha da Fraternidade Ecumênica

Pe. Adilson José Colombi

Todos os anos, durante o tempo da Quaresma, acontece a Campanha da Fraternidade. Normalmente, é motivada a partir de um tema, preferencialmente, sociocultural. Tem como objetivo provocar uma reflexão, a partir da Palavra de Deus e da realidade sociocultural presente. Não apenas refletir sobre a realidade, proposta pelo tema, mas, na medida do possível, propor modos de agir que possam levar a uma alteração positiva da própria realidade sociocultural contemplada. Por isso, não é somente uma reflexão teórica, é um apelo a gestos e atitudes que influam na transformação da realidade. Transformação que favoreça sempre mais prevalência do bem comum, na vida sociocultural.

Seguindo a tradição da Campanha da Fraternidade (CF), nesse ano, apesar da pandemia, mas observando todas as normas comportamentais vigentes, vai ser cumprido o projeto da execução da CF2021. Ela, neste ano, mais uma vez vai ter um cunho e uma marca ecumênica. Não será, portanto, uma proposta da Igreja Católica, mas do Conic (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil). A elaboração do texto-base da CF2021 foi feita por uma Comissão da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021, com todas as Igrejas Cristãs que fazem parte do Conselho. Desta forma, certamente, vai ter uma abrangência maior na sua divulgação e execução do seu conteúdo.

O tema escolhido para esta Campanha é: “Fraternidade e diálogo: compromisso de amor” E o lema: “Cristo é a nossa paz: do que era dividido fez uma unidade” (Ef 2, 14ª). Também, é proposto o Objetivo Geral como caminho a seguir na reflexão e na ação para que o tema e o lema se tornem uma presença transformadora da realidade. Por isso foi formulado dessa forma: “convidar as comunidades de fé e pessoas de boa vontade para pensar, avaliar e identificar caminhos para superar as polarizações e as violências através do diálogo amoroso testemunhando a unidade na diversidade”.
“Para alcançar este objetivo geral, somos chamados, como objetivos específicos, a:

Redescobrir a força e a beleza do diálogo, como caminho de relações mais amorosas;

Denunciar as diferentes violências praticadas e legitimadas indevidamente em nome de Jesus/comprometer-nos com as causas que defendem a casa comum, denunciando a instrumentalização da fé em Jesus Cristo que legitima a exploração e a destruição socioambiental;

Contribuir para superar as desigualdades;

Animar o engajamento em ações concretas de amor ao próximo;

Promover a conversão para a cultura do amor, como forma de superar acultura do ódio;

Fortalecer a convivência ecumênica e inter-religiosa;

Estimular o diálogo e a convivência fraterna como experiência humanas irrenunciáveis, em meio a crenças, ideologias e concepções, em um mundo cada vez mais plural;

Compartilhar experiências concretas de diálogo e convívio fraterno” (Texto-Base Nº3).

Com toda a certeza, se esse tema for bem refletido e vivido na vida real de cada dia, nosso tempo quaresmal será diferente e também nossa vida pessoal, comunitária e sociocultural, terão novas atitudes a oferecer para o bem comum de toda a sociedade. Nossa cultura, também, terá novos valores ou valores esquecidos reavivados, criando comportamentos mais humanos, mais fraternos e construtivos, favorecendo o bem comum.

Cada um e cada uma está sendo convidado a dar sua parcela de renovação e transformação da realidade para que a Cultura do Cuidado, do Diálogo e do Amor se tornem mais presentes, visíveis e partilhados.

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