Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

Ontem e Hoje

Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

Ontem e Hoje

Pe. Adilson José Colombi

É interessante observar como, em nosso país, algumas “coisas” da realidade nacional vão mudando com certa rapidez e outras não. Veja, o amigo leitor e a estimada leitura, a mudança de comportamento da nossa imprensa falada, escrita, televisada e em as redes sociais também.

Nós, brasileiros/as, vivemos quase uma década e meia sobre o “regime do lulopetismo”, aturando o trituramento dos novos valores e de algumas tradições caras de nossa Cultura, corroendo e intoxicando a atmosfera do País com a indisciplina, o autoritarismo, a corrupção, a desfaçatez e a leviandade, somando-os à truculência e à intolerância dos políticos e administradores na era lulopetista.

Veio a reação do povo. Primeiro, nas ruas, com o aumento do volume da “voz” do descontentamento com a situação criada por toda essa maneira de governar. Depois, o povo fez valer a sua “voz” de protesto e de recusa desse estilo de governo, nas urnas. E foi uma “voz” robusta, firme, sem disfarce de negação e afastamento dessa maneira de conduzir e de maltratar a nossa Tradição e nossa política.

E, também, de comprometer nossa democracia que ainda está se firmando, sobretudo, ferindo os princípios fundamentais do diálogo democrático, inclusive no próprio âmbito da dita esquerda, fazendo da arrogância e da violência retórica, dividindo os brasileiros em duas categorias: “nós”, os bons, os justos, os corretos e “eles”, os que não seguiam a sua cartilha.

Outro princípio democrático da igualdade e equidade de todos perante à lei, acentuou-se de maneira desmedida a diferença de tratamento. Nunca foi, de fato, o que está na Constituição, sob o lulopetismo, então, isso ficou tão evidente. Isso aparece até hoje, pois, mesmo com todas as suas mazelas e “feitos”, desvendados pelas investigações do mensalão, do petrolão, etc, etc. com farta documentação, assim mesmo, continuam não acreditando na realidade, preferindo ficar seguindo sua “cartilha” que lhes diz que tudo isso vem da inveja e intolerância na aceitação do governo de um metalúrgico e de um partido de trabalhadores.

Ontem, a mídia pouca coisa falava dessas “coisas” todas que aconteciam sob o governo lulopetista. Um que outro jornalista ou jornal ou revista diziam ou comentavam algo a respeito. Havia o medo, a intimidação, vigorava o “patrulhamento político”, além do aliciamento dos comunicadores com alguns favores. A própria imprensa internacional era bem servida, “plantando” notícias sempre positivas sobre o governo e governantes. Tudo bem orquestrado e bem articulado, pois nesse ponto são exímios peritos em manusear a linguagem, a retórica e a arte de iludir e alienar os incautos.

Hoje, quando o governo que sucedeu essa derrocada de nossa situação nacional, tenta pôr algo nos eixos de novo, com suas deficiências, que existem, mas assim mesmo procura consertar, aos poucos os estragos feitos em todos os setores na nossa realidade nacional, a imprensa, que antes nada falava ou apenas timidamente, agora avança de uma maneira truculenta, enraivecida, desfazendo toda e qualquer medida que fira a “antiga cartilha” petista, tida com o grande parâmetro da condução de nossa vida.

É interessante analisar esse procedimento para ver como foi profunda a mudança em nossos valores, criando quase uma unanimidade intolerante com tudo o que é pensado, dito, escrito ou mostrado diverso do modo que foi proposto por “eles” (usando a linguagem própria “d’eles”. Será difícil “furar” essa barreira. É uma trincheira forte.

Colabore com o município
Envie sua sugestão de pauta, informação ou denúncia para Redação colabore-municipio
Artigo anterior
Próximo artigo