Padre Nélio Schwanke completa 45 anos de sacerdócio: “obrigação de servir a comunidade brusquense”

Morador de Brusque desde 1979, ele relembra desenvolvimento da cidade e conta as vitórias que teve em sua trajetória

Padre Nélio Schwanke completa 45 anos de sacerdócio: “obrigação de servir a comunidade brusquense”

Morador de Brusque desde 1979, ele relembra desenvolvimento da cidade e conta as vitórias que teve em sua trajetória

Neste domingo, 7, o padre Nélio Roberto Schwanke completou 45 anos de sacerdócio. Natural de Luiz Alves, ele reside em Brusque desde 1979. Ao jornal O Município, ele contou sobre o início e as vitórias da vida na igreja, as motivações de ser padre e as lembranças de Brusque ao longo dos anos.

Padre Nélio veio a Brusque pela primeira vez em 1973, quando ainda era estudante de filosofia. Na época, ele lecionava matemática no ginásio, que corresponde aos anos finais do ensino fundamental.

Ele lembra da cidade naquela época como um período que antecede o crescimento do município. “Era bem menor que hoje. Em 1986 chegou uma grande enchente em Brusque e passou água na cidade. Depois disso, a cidade começou a crescer”, conta.

Já no início de 1976, ingressou na faculdade de teologia para ser padre. “Quando fiquei padre, Dom Afonso me mandou trabalhar no Santuário de Azambuja. E, de novo, era professor”.

Apesar de lecionar em diversos momentos da vida, o padre nunca pensou em seguir a carreira de professor. Ele conta que era exigente, mas que sempre teve uma boa relação com os alunos. “Os alunos internos saíam do seminário depois da janta e iam ao meu quarto ver televisão no escritório. Eram sempre uns 15 alunos sentados no chão assistindo”.

Direção do Hospital Azambuja

Ele atuou como professor no Santuário até 1985. Um ano antes, em 1984, ele assumiu a administração geral do Azambuja, ou seja, as funções de direção do hospital, auxiliar e diretor-presidente do Santuário, e administrador da fazenda.

Diferente do início da carreira, já na década de 1980, ele lembra de Brusque como uma cidade em crescimento. “Depois da tragédia, Brusque foi para frente. Começaram a surgir muitos prédios e a população cresceu”.

Desafios, vitórias e lembranças

Um momento marcante para ele foi quando uma pessoa foi se confessar e perguntou se podia falar em alemão. Como padre Nélio sabe falar o idioma, concordou e fez a confissão na língua.

“Nunca pensei que isso fosse acontecer. Me causou uma certa estranheza. Havia dois padres que falavam alemão, então os idosos vinham se confessar comigo”, diz. Nos 45 anos de sacerdócio, além de acompanhar o crescimento da cidade, padre Nélio também esteve presente na mudança da comunidade do bairro Azambuja e do hospital.

Quando ele ingressou na direção do hospital, havia 100 funcionários e 50 leitos. Hoje, há 880 trabalhadores e 210 leitos. Ele conta que uma das grandes vitórias ao longo dos anos foi promover o bem-estar da comunidade brusquense.

“De fato, essa era a minha obrigação. Também fui muito apoiado pela comunidade. Jamais posso dizer que me senti rejeitado. Muito pelo contrário, eu me senti muito acolhido. Passei muito mais tempo da minha vida em Brusque do que na minha terra. Depois daqui só para o cemitério. A única porta que não se pode nunca fechar é a do hospital. Ela sempre tem que estar aberta”.

Infância em Luiz Alves

Relembrando a infância em Luiz Alves, padre Nélio conta que era uma criança normal, com as preocupações de estudar, mas também em ter horas de lazer. “Eu me acertava muito bem com o padre Bertolino. Acho que esse relacionamento que tinha com ele despertou em mim a vontade de ser padre”, conta.

A família de padre Nélio era luterana. Aos 14 anos, quando estava morando em Jaraguá do Sul, estudando em um colégio da cidade, ele entrou para a Igreja Católica com o objetivo de ser padre. “Não tenho nada contra a igreja luterana. A minha mãe queria que eu fosse pastor, mas aquilo não me encantou. Eu queria ser padre”.

Trajetória de padre Nélio ao longo dos anos

1969 a 1970 – Professor no Colégio São Luís, Jaraguá do Sul
1971 a 1972 – Professor na Escola Básica João Gaya, Luiz Alves
1973 a 1975 – Professor no Seminário Menor Metropolitano Nossa Senhora de Lourdes, Brusque
1979 a 1980 – Padre Auxiliar em Major Gercino e São João Batista
– Diretor do Asilo de Nossa Senhora de Caravaggio, Azambuja, Brusque
1980 a 1984 – Sacerdote formador e professor no Seminário Menor Metropolitano Nossa Senhora de Lourdes, Azambuja, Brusque
1984 – Membro do Conselho Presbiteral e do Colégio de Consultores da Arquidiocese de Florianópolis por 20 anos
1984 – Administrador da Fazenda Brilhante desde 1984
1984 a 2010 – Procurador dos Bens da Mitra Metropolitana de Florianópolis, Arquidiocese, Florianópolis
10 de janeiro de 1984 – Diretor e Tesoureiro do Hospital Arquidiocesano Cônsul Carlos Renaux e Auxiliar na Pastoral do Santuário, Azambuja, Brusque
19 de janeiro de 1984 – Presidente e Tesoureiro do Educandário Nossa Senhora de Lourdes, Azambuja, Brusque
1º de janeiro de 2005 – Vigário Paroquial da Paróquia Santa Teresinha, Santa Teresinha, Brusque
7 de março de 2009 – Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora de Azambuja, Brusque
8 de fevereiro de 2010 – Diretor Administrativo do Hospital Arquidiocesano Cônsul C. Renaux e Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora de Azambuja, Brusque


Assista agora mesmo!

Testemunhas relembram queda de avião em Guabiruba que matou piloto e copiloto em 1995:


Colabore com o município
Envie sua sugestão de pauta, informação ou denúncia para Redação colabore-municipio
Artigo anterior
Próximo artigo