Única mulher candidata ao CNMP, advogada catarinense sofre pressão para desistir da disputa
Prevista para acontecer nesta sexta-feira, 28, a eleição dos dois representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) foi adiada mais uma vez. Uma das fortes candidatas para o cargo é a advogada catarinense Sandra Krieger. Ela ocupou uma cadeira no CNMP de 2019 a 2021 e busca a reeleição. Se eleita, ela pode ser a única mulher entre os conselheiros.
Pressão
A eleição já foi adiada diversas vezes. Fontes próximas à Sandra afirmam à coluna Radar Econômico, da Revista Veja, que a advogada está sofrendo pressão política para desistir da candidatura e deixar o caminho livre para os acertos construídos durante a campanha da OAB nacional. Por outro lado, rivais da advogada afirmam que ao concorrer à reeleição ela está descumprindo um acordo firmado há dois anos, em que ela se comprometia a não disputar uma nova eleição.
O CNMP
O CNMP é formado por 14 conselheiros que são indicados pelo Judiciário, Câmara, Senado, Ministério Público e OAB. Onze dessas vagas já estão preenchidas e serão ocupadas por homens. As vagas da OAB no conselho estão em aberto desde outubro do ano passado. Desde então, a eleição vem sendo adiada. Sandra é formada em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com doutorado pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali). É professora na Universidade Regional de Blumenau (Furb), fundadora do Instituto de Direito Administrativo de Santa Catarina (Idasc) e também atua na advocacia privada. Já foi procuradora-geral do município de Blumenau e da Câmara de Vereadores da cidade.