Pai que matou filha asfixiada é condenado no Norte de SC
Crime aconteceu em julho de 2021
Crime aconteceu em julho de 2021
Nesta terça-feira, 30, Ubiratan Luis Modrock, de 39 anos, foi condenado por matar sua filha, Evelyn Vitória Modrok de cinco anos, em Guaramirim, Norte de Santa Catarina. Ele confessou o crime, que ocorreu em julho de 2021, e terá que cumprir 30 anos de prisão, em regime fechado. O homem já estava preso desde a época dos fatos.
De acordo com a denúncia, Ubiratan teria usado uma camiseta para asfixiar a criança. Durante o depoimento, o homem disse que matou a filha por não suportar o sofrimento da menina com a separação dos pais.
Ao longo do julgamento, seis testemunhas, sendo uma de defesa e as demais de acusação, prestaram depoimentos. Além do Ministério Público, houve também a atuação da assistência da acusação.
Assim que finalizou o interrogatório, Ubiratan pediu para não participar das demais etapas do processo. A solicitação foi feita através do seu advogado e foi aceito pela juíza, já que o Código do Processo Penal permite que o acusado não participe do júri, sem prejuízo para as partes.
Evelyn Vitória Modrock foi assassinada estrangulada com uma camiseta no bairro Escolinha. A menina já estava sem sinais vitais quando os bombeiros chegaram na casa.
Conforme a polícia, a mãe da criança já havia registrado há um tempo a ameaça do pai de matar a filha e também se matar. O homem tentou se passar por vítima do crime quando a Polícia Militar chegou no local.
Segundo o delegado da Polícia Civil, Paulo Venera, o ambiente onde ocorreu o crime não apresentava vestígios de luta corporal, nem de invasão por arrombamento.
Inicialmente, Ubiratan alegou que na madrugada de sexta-feira para sábado um sujeito teria invadido a casa e lhe atacado com algum instrumento cortante. O que teria feito com que ele perdesse a consciência. Então, ele teria acordado apenas na manhã do sábado e constatado que sua filha havia sido morta.
Com base no exame no local e nas lesões na vítima, realizadas com os peritos criminais e médico legista, concluiu-se que a versão do pai da criança não tinha fundamento fático probatório.
Com o passar do interrogatório, ele acabou confessando que havia estrangulado a menina com uma camiseta. Segundo o delegado, ele alegou que não aguentava ver a filha sofrer devido à separação do casal.
O delegado também disse que Ubiratan apresentava sentimentos de arrependimento, mas ele parecia não estar tão abalado com o fato que cometeu. Ele tentava a todo tempo justificar a ação dizendo que o sofrimento da criança era muito grande.
Após o crime, o pai da criança utilizou uma faca para tentar se matar. Ele foi encaminhado ao hospital e posteriormente para delegacia, onde foi autuado por homicídio qualificado, por motivo torpe, asfixia e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Ele tem outros dois filhos já maiores.
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