Para inibir consumo de drogas, associação do Santa Rita decide trancar portões à noite
Apoio dos moradores da região é apontada como ferramenta importante pela Polícia Militar
Apoio dos moradores da região é apontada como ferramenta importante pela Polícia Militar
As recorrentes reclamações de casos de consumo de drogas no entorno da sede da Associação de Moradores do bairro Santa Rita levou a diretoria da entidade a manter o acesso limitado. Com a decisão, moradores intensificaram as denúncias à Polícia Militar e os resultados são considerados satisfatórios.
Para evitar o agrupamento de possíveis usuários de drogas, o portão que dá acesso ao pátio da entidade passou a ser trancado no período da noite. Um vizinho do prédio mantém cópias da chave e abre o espaço ao amanhecer, para permitir o uso dos campos, quadras de areia e do parquinho.
Durante o dia, o espaço fica aberto para uso dos moradores. Além das áreas de esporte e lazer, uma horta comunitária é mantida no local. As dependências ficam disponíveis até por volta das 21h30.
O presidente da associação, Márcio Bertoldi, diz que a medida, além de ser uma forma de proteger o patrimônio, ainda traz mais segurança e qualidade de vida para os vizinhos da área.
De acordo com o presidente, a ação vem tendo sucesso na inibição de novos casos. Além dela, indica a aproximação com a PM como uma forma de melhoria na sensação de segurança no entorno. “Sempre temos viaturas por aqui e isso tem ajudado. As pessoas vinham para se esconder aqui, mas, agora, está bem menor o problema”.
Apoio comunitário
Moradores das proximidades da associação relatam até mesmo casos de invasão ao pátio. A situação é relatada por um jovem que prefere não se identificar. “Aqui todo mundo se conhece”.
De acordo com ele, assim que o portão começou a ser trancado, algumas pessoas dos grupos que frequentavam o local à noite passaram a pular a grade. Apesar da situação do início, relata, com os chamados à PM, a presença do grupo no local se tornou menos frequente.
Para o sargento da PM, Denilson Santos, esta aproximação comunitária colabora com o trabalho no bairro. Segundo ele, mesmo com os pedidos recorrentes de rondas no entorno, não foi necessário um trabalho específico para amenizar o problema de consumo de entorpecentes.
Ele vê como positiva a decisão de limitar o acesso ao local durante os horários que não há demanda dos moradores do entorno. Ele afirma que como há pouca circulação de veículos e pessoas, o local é visado por usuários de drogas. Nos casos, a comunicação é uma ferramenta importante durante as rondas de rotina.