Paraguaios e haitianos estão no cadastro para o programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ em Brusque

Segundo a Secretaria de Assistência Social e Habitação, 18 famílias estrangeiras fazem parte da lista para o programa federal na cidade

Paraguaios e haitianos estão no cadastro para o programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ em Brusque

Segundo a Secretaria de Assistência Social e Habitação, 18 famílias estrangeiras fazem parte da lista para o programa federal na cidade

Entre as 7.143 famílias cadastradas na Secretaria de Assistência Social e Habitação de Brusque para o programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, 18 são de outros países – oito do Haiti e 10 do Paraguai.

Recentemente, a primeira família estrangeira foi contemplada no programa em Brusque, após a desistência de uma família que já morava no Residencial Sesquicentenário, na Limeira. “Essa família veio do Paraguai e mora em Brusque há 20 anos, eles já são considerados cidadãos brusquenses e como estavam na lista de espera, foram beneficiados após a desistência da outra família”, diz a secretária de Assistência Social, Mirella Zucco Muller.

De acordo com ela, os critérios para que as famílias estrangeiras possam entrar no cadastro para garantir a casa própria pelo programa federal são os mesmos de qualquer família brasileira. A única diferença é a necessidade de um documento com tradução juramentada. “Eles precisam nos entregar algum documento com tradução juramentada, pois só assim é reconhecida oficialmente por instituições e órgãos públicos diversos no Brasil e tem validade como documento oficial ou legal. No caso desta família contemplada, foi usada a certidão de nascimento da mãe”, diz.

A secretária lembra que para ter direito à moradia pelo Minha Casa, Minha Vida, é preciso que a família more em Brusque há pelo menos dois anos, e que a renda familiar não ultrapasse R$ 1.600. “As famílias paraguaias já estão em Brusque há muitos anos, tem famílias que moram aqui há oito, 10, 15 anos. Já alguns haitianos que estão cadastrados moram em Brusque há um ano e meio, ou um pouco menos. Hoje, eles não atenderiam os nossos critérios, mas como o programa em Brusque está parado, precisamos de terrenos para construir as moradias, e mais tarde eles estarão dentro das exigências”.

Para Mirella, abrir o benefício às famílias estrangeiras é contribuir para a garantia de direitos. “Eles são cidadãos como qualquer outra pessoa que mora em Brusque, e precisam de qualidade de vida. Estão trabalhando e dando um retorno para a cidade. Nos sentimos muito felizes em contribuir com essas famílias através dos programas habitacionais. A partir do momento que escolhem Brusque para se estabelecer, eles têm direito”.
À espera da casa própria

Marilene dos Santos Magallaes, 24 anos, é natural do distrito de Los Cedrales, no Paraguai, e mora em Brusque há nove anos. Ela é filha de pais brasileiros e é a única filha que nasceu no país vizinho. “Meu pai é do Espírito Santo e minha mãe de Minas Gerais. Meus irmãos são brasileiros, fui a única que nasceu lá”, diz.

A família decidiu voltar ao Brasil por acreditar que aqui teria melhores condições de vida. “No Paraguai as coisas eram muito difíceis. Só o meu pai trabalhava. Morávamos de aluguel lá e um dia o dono do lugar disse que teríamos que sair. Então como tínhamos parentes no Brasil, voltamos”.

A família veio direto para Brusque. “Parentes da minha mãe já moravam aqui e nos falaram que era um lugar bom para conseguir emprego”.

Hoje, Marilene e o marido, Valdeci Pereira Colman, 29 anos, moram no bairro Limeira em uma casa alugada. “Pagamos R$ 500 de aluguel. Quando fui me cadastrar na prefeitura, só o meu marido trabalhava e ganhava R$ 1 mil. Ia R$ 500 pro aluguel e sobrava só R$ 500 para as outras despesas, muito pouco. Hoje eu trabalho como revisora, mas estou grávida de sete meses, a despesa vai aumentar, por isso, me mantenho no cadastro”.

A mãe de Marilene já mora no Residencial Sesquicentenário, e agora, ela espera também ser contemplada. “A prefeitura já nos avisou que pode demorar, pois não tem nem projeto e nem terreno. Esperamos que tudo possa se resolver e que a gente consiga a nossa casa própria, será uma boa ajuda”, diz.

Outras famílias

No cadastro para o programa federal em Brusque, estão ainda famílias de 25 estados brasileiros. A maioria é de Santa Catarina – 2.579, sendo 806 de Brusque – em seguida vem o Paraná (1.922), Bahia (614), Rio Grande do Sul (553), e São Paulo (516).

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