Parque da Saudade tem movimento intenso no feriado de Finados
Pessoas visitaram túmulos de entes queridos e participaram das missas; tráfego era lento em momentos da manhã
Pessoas visitaram túmulos de entes queridos e participaram das missas; tráfego era lento em momentos da manhã
O Parque da Saudade, em Brusque, recebeu centenas de pessoas neste sábado, 2, Dia de Finados. Sozinhas ou acompanhadas de família ou amigos, elas viveram às suas maneiras a data, visitando, limpando e arrumando túmulos de entes queridos, acendendo velas e homenageando os que já se foram. Missas lotaram a capela pela manhã.
Rosinete Moratelli começou a frequentar mais o Parque da Saudade quando perdeu parentes próximos. Em 2006, perdeu o tio e, em 2009, os avós. “Antes, costumávamos vir apenas no Dia de Finados, lá naquela cruz [onde são acesas velas], porque não tínhamos entes queridos próximos aqui. Temos este costume desde a infância”.
“Fazemos a limpeza [dos túmulos], trocamos flores, acendemos velas. Viemos em datas comemorativas. Aniversários de morte e Dia das Mães, Dia dos Pais, Natal”, explica.
Cinara e Aurélio Crispim vão ao Parque da Saudade com frequência, mas não pela data de finados. O casal mora perto do cemitério e passa pelo local durante caminhadas ao longo do ano. Mas, ao longo dos trajetos, eles se recordam de quem já partiu. Neste sábado, 2, eles visitaram os túmulos dos pais de Aurélio e trouxeram flores.
“Geralmente não viemos com esta intenção de Finados, temos outro conceito”, comenta Cinara.
“É um lugar em que as pessoas, por tradição, por crença, enterram os corpos. Mas nós não somos o corpo. Ninguém morre, morre o corpo físico”, comenta Aurélio, enquanto explica parte de sua espiritualidade.
Lígia Rodrigues da Silva prefere ir sozinha ao Parque da Saudade e frequenta o local diversas vezes ao longo ano, sempre que tem tempo, para visitar os túmulos de familiares e amigos.
“Vou em todos os conhecidos. Nunca deixo de ir ao túmulo de uma senhorinha que salvou minha mão. Eu havia levado uma mordida de um gato e houve uma infecção. Ela, com um benzimento só, curou minha mão. E faleceu uma semana depois, já estava doente. Então, cada vez que venho ao cemitério, não deixo de ir lá atrás, no final, para fazer uma oração por ela. E lá também tenho parentes que estão enterrados.
Durante a manhã, o trânsito era intenso, com enorme parte do estacionamento ocupado. A Guarda de Trânsito de Brusque (GTB) estava presente para orientar os motoristas, que não podiam seguir no sentido Centro pela rua Bulcão Viana, conforme as alterações no trânsito anunciadas pela prefeitura.
Brusquense, Ivete Appel foi escolhida Brotinho do Mês do Carlinhos Bar nos anos 60: