Passagens intermunicipais já estão mais caras em Santa Catarina; consulte valores
Deter autorizou aumento de 6,84% para garantir "equilíbrio econômico-financeiro das companhias"
Deter autorizou aumento de 6,84% para garantir "equilíbrio econômico-financeiro das companhias"
Desde ontem, as passagens de ônibus intermunicipais estão mais caras em Santa Catarina. O Departamento de Transportes e Terminais (Deter) autorizou que as empresas de transporte subam o valor em 6,84% em linhas intermunicipais sem catracas, e em 7,23% em ônibus com catracas que fazem trajetos curtos.
O aumento é sentido por gente como Edinei Graff, morador do bairro Guabiruba Sul, em Guabiruba. Ele é passageiro constante das linhas de Brusque a Blumenau e Itajaí. Como já pega um ônibus para sair de Guabiruba até a cidade vizinha, ele acredita que mais esse aumento é prejudicial.
“Impacta no bolso, mesmo sendo R$ 2 ou R$ 3”, diz. “Quando tu vê, já foi um monte de dinheiro. Tem o aumento, mas o salário continua o mesmo”, queixa-se o morador de Guabiruba.
A responsável pelo guichê da Catarinense e da Penha da rodoviária de Brusque, Nazaré Pontes, diz que, embora o aumento seja anual, os clientes costumam reclamar bastante. Somente uma linha ficou mais cara no posto de atendimento de Nazaré: Brusque a Joinville, da Catarinense.
Como a Catarinense não informou nada sobre as outras linhas, a tendência é que os valores das passagens para Curitiba (PR) e demais cidades continuem os mesmos. Já no caso da Penha, que faz o trajeto até Porto Alegre (RS), o aumento deve vir nos próximos dias.
A Reunidas, empresa que tem o maior número de linhas partindo e chegando a Brusque, já reajustou os valores ontem. As passagens ficaram cerca de 7% mais caras.
O tarifa para ir a Blumenau, por exemplo, está R$ 14,53, sem seguro. Outro trajeto bastante usado, a Balneário Camboriú, também subiu e agora o bilhete custa R$ 15,87, sem seguro.
A Santa Teresinha não havia reajustado ontem e não soube informar de quanto será o aumento, que deve começar hoje. O guichê da Gadotti disse que não foi informado pela empresa sobre novos acréscimos.
Equilíbrio financeiro
De acordo com o Deter, as empresas de ônibus pediram aumento de 9% a 16%, conforme a característica de cada linha. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros alegou que desde junho do ano passado não havia reajuste, “sobrecarregando sobremaneira o equilíbrio econômico-financeiro do contrato”.
Após análise, o Deter chegou à conclusão de que um reajuste menor já garantiria o equilíbrio econômico-financeiro das companhias e, ao mesmo tempo, não pesaria tanto no bolso dos catarinenses.
“O poder público tem o dever jurídico de proceder os reajustes anuais, sob pena de provocar um desequilíbrio na equação econômica-financeira, gerando um prejuízo para o prestador de serviço”, afirma o diretor de transportes do Deter, Amarildo Matos.
Reunidas | Preço (R$) | Preço (R$) |
Linha | Com seguro | Sem seguro |
Blumenau | 15,08 | 14,53 |
Balneário Camboriú | 16,42 | 15,87 |
Florianópolis – comum | 32,12 | 31,02 |
Florianópolis – semidireto | 44,55 | 42,96 |
Joinville | 47,62 | 46,03 |
São João Batista | 11,92 | 11,37 |
Catarinense | ||
Joinville | 51,06 |