Dados da Newzoo sobre a demografia e os hábitos dos apostadores e jogadores brasileiros, mostraram que 51% são do sexo feminino e 49% do sexo masculino, com mais de um terço representados por brasileiras e brasileiros entre 10 e 35 anos de idade.
A Newzoo, empresa que faz análises sobre games e levantamentos referentes ao setor de jogos, revelou dados estatísticos animadores para os investidores da indústria. O Brasil, considerado líder no mercado de jogos na América Latina, mostrou bons resultados, principalmente, pela utilização de jogos desenvolvidos para dispositivos móveis. Este tipo de conexão é responsável por 47% do mercado brasileiro, enquanto o entretenimento acessado via consoles cobre 29% e jogos para PC 24%
Dados que chamam a atenção
Os dados que mais chamam a atenção são as estimativas de faturamento para a indústria de jogos com base no mercado brasileiro. Estima-se que a receita gerada no último ano atingiu a marca de US$ 2,3 bilhões em 2021. São valores que circulam no exterior e não geram arrecadação paras os cofres públicos, já que o país carece de um marco regulatório para jogos de apostas.
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Outros dados sobre o perfil dos jogadores também atraem os investidores e são de suma importância para o planejamento das próximas novidades que serão lançadas. Ainda segundo dados da Newzoo, 51% dos jogadores são do sexo feminino e 49% do sexo masculino, todos entre 10 e 35 anos. Este é um exemplo de como os setores públicos, incluindo saúde e segurança, também podem usufruir de dados como os da Newzoo para planejamentos estratégicos.
Planejamento do serviço público
Com base nos dados de faturamento, arrecadação e perfil dos jogadores que movimentam o mercado de games no Brasil, é possível planejar mais do que investimentos e visar mais do que alterações na legislação. Estudos apontam que, uma vez legalizada, a atividade deverá influenciar também as políticas de saúde e segurança pública. Isto porque segundo estudo de prevalência publicado em 2019, há diferenças entre homens e mulheres a respeito destas atividades, sendo os homens mais vulneráveis em relação à problemas com jogo.
Foram mais de 3.000 entrevistados que responderam a 3 questões: se já tiveram que mentir sobre quanto dinheiro eles apostaram; se sentiram que precisam apostar mais dinheiro; e quanto dinheiro apostam em um mês. Aqueles que responderam ’sim’ a pelo menos uma pergunta foi considerada jogadores de risco.
Este estudo, desenvolvido em uma parceria entre instituições brasileiras e canadenses, apontou que homens estavam mais expostos a jogos de azar e a seus problemas relacionados do que as mulheres. Além disso, homens iniciam mais cedo na indústria do jogo, ou seja, o tempo de exposição na atividade e o histórico de vida relacionado à problemas com jogos são fatores importantes a serem considerados.