PM alerta para aumento de ocorrências de uso de drogas na Praça da Cidadania
Quase todos os dias policiais encontram menores de idade usando entorpecentes, álcool e cigarro no local
Quase todos os dias policiais encontram menores de idade usando entorpecentes, álcool e cigarro no local
O número de ocorrências envolvendo o uso de drogas ilegais, além de álcool e cigarro, na Praça da Cidadania preocupam a Polícia Militar.
Segundo o tenente-coronel do 18º BPM de Brusque, Moacir Gomes Ribeiro, quase todos os dias adolescentes são abordados no local fazendo uso destas substâncias. Essa frequência tem impressionado a PM e já serve de alerta de que algo precisa ser feito para mudar o cenário. “Se não tratarmos a ferida, isso pode se tornar um grande problema”, observa.
Ele conta que a própria comunidade faz denúncias de uso de drogas e pequenos furtos no local. “Infelizmente, sofremos com a falta de efetivo e a gente não pode colocar uma viatura 24 horas ali na praça. Mesmo assim, acredito que isso deve ser também um cuidado de outros órgãos, que devem fazer um trabalho preventivo com esses adolescentes”.
Gomes comentou sobre o assunto durante a audiência pública realizada na quarta-feira, 17, em que foi discutida a permanência da Casa de Passagem em Brusque. Em seu discurso, afirmou que o Conselho Tutelar e o Ministério Público já foram notificados do problema, mas até o momento nada foi feito.
O conselheiro tutelar Paulo Vendelino Kons lembra que entre 2009 e 2012 existia na cidade o Grupia, que tinha basicamente essa finalidade: afastar menores de idade de locais onde existiam drogas. “Infelizmente o programa acabou, mas concordo que precisamos de outro para ajudar esses jovens e afastá-los das ruas e dos entorpecentes”. Ele afirma que a operação precisou ser interrompida pois foi alvo de investigação do Tribunal de Justiça. “Entraram com uma ação dizendo que o Grupia promovia a violação de direitos humanos. Como se deixar menores de idade frequentar locais onde existe o livre acesso às drogas seja um direito deles. Muito pelo contrário, adolescente e crianças precisam estar na escola, na casa de seus pais, bem cuidadas”.
Gomes acredita que se houver uma união entre as entidades responsáveis pelos jovens, como o Conselho Tutelar, Ministério Público e a própria PM, além da parceria da comunidade e da família desses adolescentes, o problema pode ser controlado. Assim é possível evitar que esse e outros pontos da cidade sejam marcados pelo consumo desenfreado de drogas.