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Poço Fundo lava a alma

Desacreditada no início, equipe se supera nas fases finais e volta a faturar um título do Campeonato Municipal de Futebol Amador

Poço Fundo lava a alma

Desacreditada no início, equipe se supera nas fases finais e volta a faturar um título do Campeonato Municipal de Futebol Amador

O Poço Fundo conquistou ontem o seu décimo título no Campeonato Municipal de Futebol Amador de Brusque. Este ano denominado como Troféu Lemus Esportes. A conquista veio com a vitória sobre a até então campeã, Abresc/JK Motos, por 2 a 1. A equipe saiu perdendo na etapa inicial, mas assegurou a taça após reagir no segundo tempo e virar o jogo.

A decisão

A equipe do bairro Águas Claras entrou em campo com a moral de ter eliminado o Santos Dumont, time apontado como favorito ao título, nas semifinais. Os dois gols marcados na etapa anterior que levaram a Abresc à final foram marcados por Tiago Gohr. Talvez motivado por isto, o atacante abriu o placar para seu time logo aos dois minutos do primeiro tempo. Ele recebeu cruzamento do jogador Marmita e cabeceou no canto direito do goleiro Joel, que nada pôde fazer.

O Poço Fundo passou a procurar o gol de empate e ensaiar uma reação, mas era pouco eficiente no ataque. Aos cinco minutos, Carioca recebeu bola em profundidade cara a cara com o goleiro e chutou pra fora. Pouco depois, o mesmo Carioca recebeu na área, limpou a jogada deixando a defesa da Abresc no chão, mas na hora de finalizar chutou em cima de Joel, que espalmou para fora.

Não foi só Carioca que desperdiçou chances claras de gol. O atacante Sutil, da Abresc/JK Motos recebeu um pelo lançamento pelas costas da zaga, tirou o goleiro da jogada, mas acabou acertando o lado direito da rede. O destaque até então do Poço Fundo, Djonathan, pouco apareceu no primeiro tempo. O jogador não conseguiu ser decisivo como nas partidas anteriores, mas havia guardado um pouco de inspiração para a etapa final.

Reação de campeão
O juiz mal autorizou o início do segundo tempo e o Poço Fundo já mostrou poder de reação. Em lançamento na área da Abresc, Carioca serviu o companheiro Ney. O jogador chutou na saída de Joel para igualar o placar.
Após o gol, o Poço Fundo cresceu, passou a ter melhores chances e dominou o jogo no ataque. A zaga da Abresc não conseguia acompanhar os lances. Era surpreendida o tempo todo com lançamentos nas costas. O resultado de tanta insistência veio aos 37 minutos do segundo tempo. Na falta pelo lado esquerdo do ataque do Poço Fundo, Djonathan levantou bola com veneno para a área. Andrey testou para anotar o segundo.

Sem se entregar, a Abresc/JK Motos se lançou ao ataque. Um minuto depois, Nenem acertou a trave esquerda do gol defendido por Rato. Pouco depois, na cobrança de escanteio, Sutil desviou para o gol mas Rato tocou com a ponta dos dedos para fora. Depois da pressão após o gol, o Poço Fundo manteve a bola nos pés até o apito final.

Campeões superam desconfiança

A desacreditada equipe do Poço Fundo avançou com a pior pontuação de todos os oito times que se classificaram para as oitavas de final. Nas quartas, passou com facilidade pelo Guabiaço. Chegou à decisão do campeonato após dois empates em 0 a 0 com o Carlos Renaux – a equipe desbancou o Vovô nos pênaltis. “Nestes momentos a camisa pesa. E a camisa pesou hoje de novo”, afirma o técnico da equipe campeã, Fábio Heck, o Fabinho. Depois de um começo de campeonato abaixo da expectativa, o Poço Fundo teve que superar ainda a baixa de quatro atletas para a final para conquistar um título que pode ser considerado como uma surpresa para muitos. Menos para os jogadores, comissão técnica e torcida, que nunca deixaram de apostar na equipe. “O Poço Fundo é um time time grande aqui no Amador, queiram ou não queiram. É um clube que se deixar chegar, vai chegar firme. Uma equipe de raça e vontade”, extravasa Fabinho. O comandante do time que ergueu a taça aproveitou o momento de euforia para elogiar a postura dos adversários da final. “Quero parabenizar a Abresc. Correram, se dedicaram. Nossas duas equipes eram desacreditadas, mas mostramos para que viemos”. O superintendente da FME, Deivis da Silva, também exaltou a equipe adversária e, sobretudo, o time campeão. “Foram disciplinados e ganharam no campo. Estão de parabéns. Tentamos fazer um campeonato da melhor maneira possível. É preciso agradecer também as outras 14 equipes que disputaram”.
Torcidas dão show na final

Além dos grandes finalistas do campeonato amador, quem deu um show a parte foi a torcida de ambos os times. A arquibancada do Estádio Augusto Bauer, palco da final, estava repleta de torcedores dos bairros Águas Claras – representados pela Abresc – e do Poço Fundo. O jogo também foi marcado pela disciplina das duas equipes. Não houve nenhum lance forte ou princípio de confusão na final, cenas recorrentes durante as outras.

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