Na manhã de quarta-feira, 5 de dezembro, o juiz corregedor do presídio e de direito da Vara Criminal de Brusque, Edemar Leopoldo Schlösser, fez a última inspeção do ano na Unidade Prisional de Brusque (UPA). A visita contou também com a presença do vice-presidente da OAB, Renato Munhoz, representantes do Conselho Comunitário da cidade e Centro de Direitos Humanos.
Segundo o juiz, depois da inspeção, será enviado um relatório para a Corregedoria do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, informando a situação dos presos e do trabalho realizado pela administração da UPA.
A inspeção começou pelos contêineres que ficam do lado de fora do prédio da UPA, local em que os presos trabalham em troca da redução de pena. Durante a visita, os apenados têm a possibilidade de registrar suas reclamações quanto ao tratamento dado pelos agentes carcerários, além da qualidade da alimentação e higiene fornecida no local. A maioria deles questionou sobre o andamento dos processos e suas penas.
No final da visita, o juiz ainda conversou com 33 presos, para que cada um relatasse seus problemas e tirassem suas dúvidas individualmente. Nessa última etapa, a maioria deles também só perguntou a respeito de seus processos.
De acordo com o supervisor da UPA, Alex Pieri Albanares, essa inspeção realizada mensalmente pelo poder judiciário é uma forma de mostrar a toda sociedade brusquense o trabalho da administração prisional na unidade.
– Continuamos atuando para que os detentos cumpram suas penas e saiam daqui reabilitados para a vida social – informou.
Segundo Norival Fischer, presidente do Conselho Comunitário de Brusque, a função do orgão é realmente lutar para que os detentos tenham uma vida carcerária digna e que as reclamações dos presos sejam atendidas.
– Isso aqui não pode ser meramente um depósito de seres humanos. Nós entendemos que o detento precisa cumprir sua pena, mas não é necessário que seja judiado ou sacrificado – salientou.
Bloqueadores não funcionam na UPA
No último dia 23, entrou em vigor uma lei estadual obrigando as operadoras a instalarem bloqueadores de celular nos presídios catarinenses. Realidade esta que ainda não chegou à Unidade Prisional de Brusque (UPA).
Durante a inspeção do Poder Judiciário, o MDD testou três celulares de operadoras diferentes e todos estavam em funcionamento. Questionado sobre o assunto, o supervisor da unidade, Alex Pieri Albanares, explicou que os celulares realmente funcionam no local e que não há previsão de quando as operadoras instalarão os bloqueadores.