Investigação avaliará conduta de policial civil em feijoada, em 2017
Acusado não deverá receber punição maior do que suspensão
Acusado não deverá receber punição maior do que suspensão
A Corregedoria da Polícia Civil abriu investigação interna sobre o caso ocorrido na Feijoada do Heinig de 2017, no qual um agente da Comarca de Itajaí de Itajaí teria tentado beijar uma mulher à força e ameaçado seu namorado com uma arma de fogo.
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Caso esta versão dos fatos seja confirmada, ele deverá responder por usar indevidamente os bens da Polícia Civil, deixar de cumprir as normas legais e “portar-se de modo inconveniente em lugar público, causando desprestígio à organização policial”. São atos passíveis, cada um, de punição com suspensão de 30 dias, de acordo com a Lei 6483/86, o estatuto da Polícia Civil de Santa Catarina.
A portaria que instaura a investigação é de 5 de junho, mas foi publicada na última terça-feira, 7.
A versão de outros envolvidos e algumas testemunhas
No sábado, 8 de maio de 2017, o policial foi à Feijoada do Heinig. Ele foi acusado de ter sacado uma pistola e ameaçado um homem, identificado como D em nota enviada pelo policial ao jornal O Município dias após o ocorrido. Ele tentou beijar uma mulher, namorada de um homem presente na festa, à força. Uma amiga tentou tirá-la de perto do policial, mas, sem sucesso, chamou D.
O namorado da moça foi até o policial, que teria se tornado agressivo. Foi então que o D empurrou o policial para que saísse do local em que estavam e logo em seguida os amigos se aproximaram para ajudar a afastar o início da confusão. Neste momento, o policial arremessou um copo plástico com bebida, sacou uma pistola, apontou para os envolvidos e fez ameaças, de acordo com os relatos registrados na delegacia e testemunhado por pessoas que estavam no local.
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Segundo a organização da festa, a confusão foi rápida, pois os seguranças perceberam o aglomero e afastaram os envolvidos. Durante o evento, 60 homens fizeram parte da equipe de segurança privada.
A versão do acusado
O policial abordou a moça, que estava sozinha. Uma amiga dela o avisou de que ela estava acompanhada. Ele se retirou e, pelas costas, levou um soco do namorado da moça com a qual havia conversado. O agressor estava visivelmente embriagado. O policial tentou deixar a confusão mas na sequência o homem chamou dois amigos para continuarem as ameaças e agressões.
Então, o policial se identificou como agente da Polícia Civil, avisou-os que estava armado e pediu para que fosse deixado em paz. Sem ser atendido, sacou a pistola, sem apontá-la para ninguém.