Polícia Militar procura homem acusado de assediar crianças em Brusque
Segundo a PM, casos que ocorreram na região do bairro Dom Joaquim podem estar conectados
Segundo a PM, casos que ocorreram na região do bairro Dom Joaquim podem estar conectados
Circula nas redes sociais um áudio da mãe de uma menina informando que a filha foi assediada dentro do banheiro da Paróquia Santa Catarina, no bairro Dom Joaquim. O caso ocorreu no domingo, 26, por volta das 19h.
A família estava na missa da catequese e as crianças estavam com os catequistas. No áudio, a mãe diz que conseguia ver onde a filha estava sentada. No momento da eucaristia, a menina foi ao banheiro e depois voltou para igreja correndo e abraçou uma catequista.
A catequista, que preferiu não ter o nome divulgado, disse que quando a menina a procurou ela estava em choque. “Na hora eu também fiquei muito assustada, na hora não tive reação. Como ela estava sentada comigo ela me pediu para levar até os pais dela”, disse.
A catequista e os pais saíram da igreja e a menina relatou todo o ocorrido do lado de fora. A menina disse que foi até o banheiro e escutou um barulho de um homem fechando a porta. Ela disse ao homem que aquele era o banheiro das meninas. Depois o pai e a catequista foram até o banheiro à procura do homem, mas ele não estava mais no local.
“Ele segurou ela e foi botando a mão na calça dela e ‘disse qual o tamanho da tua calcinha?’ Ela já foi gritando e ele colocou a mão na boca para ela não gritar, mas Deus iluminou ela e ela deu um chute nele e conseguiu passar por baixo”, relata a mãe no áudio.
Segundo a catequista, nunca aconteceu nada semelhante a esse caso nas redondezas da paróquia. “Nunca imaginamos que isso aconteceria dentro de uma igreja, por isso deixei a menina ir no banheiro sozinha porque ali é de costume, nunca aconteceu nada disso e o banheiro é do lado da igreja”, relatou.
Geralmente as crianças nunca sentam com as catequistas durante a missa, mas nesta ocasião foi resolvido que eles ficariam com as catequistas.
Além disso, ela diz que o pai de outra menina viu o momento em que o homem passa e vai atrás do banheiro da paróquia. “Só que nunca ele iria imaginar que isso aconteceria”, diz ela no áudio.
A mãe diz também que nunca deixa a menina sair sozinha e que ela sempre está acompanhada de um responsável.
O pai da vítima foi procurado pela reportagem, mas ele informou que não gostaria de comentar sobre o caso.
O que diz a Polícia
Conforme o tenente-coronel Otávio Manoel Ferreira Filho, comandante do 18º Batalhão de Polícia Militar, existem informações de que recentemente um homem abordou duas irmãs de 9 e 12 anos, na região do bairro Dom Joaquim.
“Esse caso (da igreja), oficialmente, até onde eu sei, não chegou para nós. Temos um outro caso na região entre Dom Joaquim e Paquetá onde um masculino assediou duas irmãs, convidou elas para ir em uma determinada casa e as crianças assustadas foram embora correndo”, explica.
Segundo ele, a polícia ainda não conseguiu identificar e prender o homem. Ele diz que na quarta-feira, 29, foi lançada uma nota na Rede de Vizinhos para orientar os pais sobre o caso.
“É fato que tenha ocorrido algo naquela região do Dom Joaquim, Paquetá, Cedrinho, porém nada consumado, todavia há tentativa. Esse caso da igreja tomei conhecimento hoje quando me encaminharam o áudio”, diz.
O comandante da PM acredita que existe relação entre os casos pois as regiões onde ocorreram são próximas. “Estamos cientes e de olho na saída das escola, para ver se conseguimos identificá-lo e até mesmo tomar uma atitude, apesar de não ter nada consumado, mas é melhor tomar uma atitude preventiva”.
Segundo ele, as guarnições da polícia estão fazendo rondas à procura do homem nas imediações onde ocorreram os fatos.
Como os pais devem proceder
Conforme o tenente-coronel Otavio, os pais devem orientar os filhos para não aceitarem convite ou oferta de estranhos.
“O deslocamento deve ser casa-escola, escola-casa. Se o pai ou um irmão mais velho tiver disponibilidade para levar ou buscar o irmão mais novo é interessante. O mais importante é orientá-los”, explica.
Qualquer informação sobre o suspeito ou que possa contribuir com as investigações da Polícia Militar podem ser informadas no 190.