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Pomeranos em Brusque e Guabiruba – Parte III

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Pomeranos em Brusque e Guabiruba – Parte III

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A região da Pomerânia é formada por campos planos e topografia apropriada para a agricultura, o que contribuiu para que o pomerano fosse camponês. A maioria deles trabalhava como diarista para os senhores feudais, muitas vezes em situações insustentáveis, sem expectativa de vida melhor. No século XIX, quando a fertilidade das terras começou a declinar, famílias inteiras deixaram a Pomerânia, em busca de terra e liberdade, e muitos emigraram para o Brasil.

Famílias Pomeranas

João Carlos Mosimann (2010) informa que cerca de quarenta imigrantes pomeranos se instalaram na Colônia Itajahy-Brusque a partir de 1860, incluindo os sobrenomes:  Belz; Borchard; Block; Discher; Eggert; Geske; Guse; Hass; Hochsprung; Horn; Jandt; Klabunde; Klann; Klein; Knop; Krause; Kreitlow; Kuckenbäcker; Lehmann; Maahs; Müller; Nilz; Pieper; Raguse; Rau; Ristow; Schwanke; Seefeld; Teske; Zemke; Ziervogel; Vierwock, e Witt. A maioria era luterano e, segundo Mosimann, o primeiro casamento de um pomerano em Brusque foi celebrado em 1869 entre Johannes Geske e Louise Emilie Alvine Klabunde, seguido de vários outros casamentos nas décadas de 1870 e 1880.

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Organização social dos Pomeranos

Era comum os imigrantes pomeranos virem da mesma aldeia, no mesmo navio e, sempre que possível, procuravam se instalar em lotes próximos. Também era costume as famílias se casarem entre si. Em Pomerode, por exemplo, um grupo de 11 famílias das vilas de Kniephof, Külz e Jarchlin, do Kreis de Naugard, em 1866 abandonaram as terras que pertenciam à família von Bismarck, na Pomerânia, e se instalam na mesma localidade em Pomerode. Em Brusque, um mapa de 1876 menciona o Distrito de Pommern, onde possivelmente estavam instalados imigrantes originários da Pomerânia, dando origem à denominação. Outra região designada Pomerânia, em Brusque, é a atual rua Primeiro de Maio, onde foram construídas as casas para os empregados da Renaux e também havia estabelecimentos que levaram o nome “Pomerânia”. Da mesma forma, temos o bairro Pomerânia em Guabiruba.

A Pomerânia após as Guerras

Até 1918, a Pomerânia pertenceu ao Império Alemão, mas, com a derrota na 1ª Guerra Mundial, a Alemanha teve de entregar à Polônia uma fatia de seu território, incluindo parte da Pomerânia. A Família Bismarck possuía três propriedades na Pomerânia até 1945, nas vilas de Kniephof, Külz e Jarchlin, no Kreis de Naugard. Na Primavera europeia de 1945, com o término da 2ª Guerra Mundial, as fronteiras foram alteradas. A região que ficou para a Polônia foi ocupada pelo exército soviético. Colonos poloneses começaram a chegar, os nomes das aldeias foram mudados, e os Pomeranos que sobreviveram a 2ª Guerra Mundial foram expropriados e expulsos.

Fonte: MOSIMANN; João Carlos. As famílias de Brusque, Guabiruba e Botuverá: nos meandros do Itajaí-Mirim. Florianópolis. Edição do autor, 2010.

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