As filas que se formaram ontem para atendimento no Instituto Geral de Perícias (IGP) provocaram reclamações da população. As pessoas informaram que o tempo de espera para ser atendido é de uma a duas horas, e que falta organização à fila.
A costureira Janaína Giraldi aguardava há pouco mais de uma hora, e disse não ter perspectiva do tempo que ainda levaria para ser atendida. “É desorganizado demais, apenas duas pessoas estão atendendo, não tem senha, é feito por ordem de chegada, e passa gente na frente de quem já está há mais tempo aguardando”.
Um empresário, que não quis se identificar, disse que esteve no IGP pela manhã para renovar a carteira de identidade. Ele afirma ter sido informado por funcionários de que esse tipo de atendimento só poderia ser realizado à tarde. “Quando cheguei, eles estavam conversando e usando Facebook, não me atenderam, e agora se forma essa fila enorme”, reclama.
Funcionários do IGP informaram que o atendimento é realizado de forma preferencial apenas para gestantes, lactantes, idosos, deficientes físicos e pessoas com criança de colo. Eles disseram ainda haver acúmulo de pessoas na abertura do expediente, e que faltam pessoas para atendimento. Na tarde de ontem, um perito criminal estava ajudando no trabalho. Ele disse que essa não é sua atribuição, e que estava colaborando para o andamento mais rápido do serviço.
Outro ponto de justificativa para o tempo de espera é a falta de documentos. De acordo com os funcionários, muitas pessoas comparecem ao posto com documentos em falta, e quando retornam se recusam a ir para o fim da fila.
A Ouvidoria do IGP em Florianópolis diz que o atendimento por senha é padrão nos postos do instituto, e que vai verificar o motivo da unidade de Brusque utilizar a ordem de chegada como critério. A ouvidoria informou também que a disponibilização de funcionário exclusivo para o atendimento preferencial depende de aumento do efetivo.