Por que Brusque não está entre cidades que se inscreveram para ter escola cívico-militar
Quatro municípios de Santa Catarina foram escolhidos para aplicar o modelo federal no próximo ano
Quatro municípios de Santa Catarina foram escolhidos para aplicar o modelo federal no próximo ano
Na sexta-feira, 1º, foram divulgadas as cidades de Santa Catarina que terão escolas no modelo cívico-militar do governo federal. Além de Biguaçu, que foi indicada pelo governo do estado, Itajaí, Chapecó e Palhoça farão parte da primeira etapa do programa do Ministério da Educação (MEC).
A informação foi repassada pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, durante reunião com os deputados Rogério Peninha Mendonça (MDB) e Hélio Costa (Republicanos).
Treze cidades catarinenses demonstraram interesse em participar do modelo do governo federal: Chapecó, Itajaí, Jaraguá do Sul, Camboriú, Araranguá, Campos Novos, Correia Pinto, Curitibanos, Fraiburgo, Joaçaba, Vargem, Xanxerê e Caçador.
Brusque não participou da seleção para o programa federal. A secretária da Educação, Eliani Buemo, diz que o município não tinha condições de pleitear a escola cívico-militar do governo federal porque não atende alguns dos critérios estabelecidos pelo MEC, como ter ao menos 26 militares das Forças Armadas – 20 praças e 6 oficiais – morando na cidade.
“Não houve nenhuma conversa neste sentido. Temos que aguardar, é tudo muito novo, não se sabe como isso vai funcionar”, diz.
Pela proposta do MEC, serão implantadas 216 unidades no modelo cívico-militar em todo o país até 2023, sendo 54 por ano.
Em agosto, O Município publicou que a Escola de Educação Básica Santa Terezinha foi a escolhida para adotar o modelo cívico-militar do governo do estado, em Brusque, a partir de 2020. A informação foi repassada pelo comandante da 7ª Região de Polícia Militar de Santa Catarina, coronel Moacir Gomes Ribeiro.
Ele explica que o modelo do governo federal, anunciado na semana passada, não é o mesmo do pensado para Brusque. De acordo com ele, o município será contemplado por um convênio entre o governo do estado, Secretaria de Segurança Pública e Secretaria de Educação. “É para ser assinado esse projeto ainda este ano. Além da Polícia Militar, passou também pelo Corpo de Bombeiros. Terminando esse estudo mais minucioso, o projeto piloto pode ser lançado”, diz.
Coronel Gomes afirma que a intenção do comando da Polícia Militar e do governo é anunciar o programa ainda neste ano, para que o modelo entre em operação já em 2020. “Estamos apenas aguardando os trâmites burocráticos, alinhar tudo para fazer o lançamento”.
De acordo com ele, o projeto do governo estadual é bem semelhante ao lançado pelo governo federal. A gestão da escola e o planejamento das aulas continua da mesma forma, os militares darão apoio, orientação e auxílio aos diretores e aos alunos, principalmente na questão da disciplina, e com aulas extra-classe de civismo, por exemplo.