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Posse na Academia, uma bela festa da Letras

Minha crônica da semana passada foi publicada com a foto e o nome do conhecido cronista Alexandre Garcia. Nela, escrevi aos meus leitores que a minha posse na Academia Catarinense de Letras estaria acontecendo na quinta-feira. Bem na hora em que, aqui em Brusque, seriam abertos portões da Fenarreco para mais uma festa do marreco […]

Minha crônica da semana passada foi publicada com a foto e o nome do conhecido cronista Alexandre Garcia. Nela, escrevi aos meus leitores que a minha posse na Academia Catarinense de Letras estaria acontecendo na quinta-feira. Bem na hora em que, aqui em Brusque, seriam abertos portões da Fenarreco para mais uma festa do marreco e do chope. Realmente, naquela noite, assumi a Cadeira 31, da nossa Academia de Letras. Agora, sou acadêmico com medalha, com diploma de membro titular e perpétuo da centenária entidade literária.

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Foi emocionante ver amigos e familiares na sessão solene de posse, prestigiando um evento literário tão importante para a minha vida intelectual. Fiquei impressionado ao ver o belo salão nobre da Casa José Boiteux lotado com leitores das minhas crônicas e com muitos amigos de longe ou de perto. Já escrevi, numa crônica recheada de ironia que, sessão solene com discurso e homenagem, é coisa que só amigo e parente conseguem enfrentar. Eram de Florianópolis, do meu tempo de estudante, amizade forjada nos bancos da velha Faculdade da Esteves Júnior, que resiste à distância e ao passar dos muitos anos.

Amigos de longe, que enfrentaram o tormento de transitar numa BR congestionada de veículos fumegantes, bólidos motorizados do barulho que nos ensurdece e da velocidade que nos faz voar e às vezes nos mata, para aqui chegar, todos, corpo e alma, cansados, mas determinados a emprestar suas presenças solidárias ao ato solene.

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Eram de Brusque, onde resido há mais de 40 anos, verdadeiros amigos desta terra que me adotou, prestigiando um evento literário tão significativo para a minha vida. Eram de Blumenau e Itajaí, onde lecionei nas suas universidades por muitos anos; de Balneário Camboriú, dos meus finais de semana. E de Tijucas, minha terra natal, de onde saí, adolescente, depois de deixar as pegadas de meus pés descalços, em caminhadas e correrias de levantar poeira, no areal da rua Nova.

Foi uma inequívoca demonstração de verdadeira amizade. E a gratidão, virtude das almas nobres, me aconselha a compartilhar esta importante láurea com todos os meus amigos. Especialmente, com os meus leitores do jornal O Município, que abriu suas páginas para publicar minhas crônicas, há mais de 40 anos. Neste momento da minha vida, sinto que são os meus amigos, de perto ou de longe e os meus leitores, conhecidos ou anônimos, a razão maior da minha inspiração para escrever sobre o cotidiano da cidade e a vida das pessoas.