Postos de Brusque e região começam a repassar redução de R$ 0,46 no diesel

Com a falta de estoque, nem todos os estabelecimentos receberam cargas faturadas após o desconto; situação deve normalizar em breve

Postos de Brusque e região começam a repassar redução de R$ 0,46 no diesel

Com a falta de estoque, nem todos os estabelecimentos receberam cargas faturadas após o desconto; situação deve normalizar em breve

A redução dos R$ 0,46 no preço do diesel, anunciada pelo governo federal na última quarta-feira, 30, entrou em vigor no dia 1º de junho. Porém, a medida não surte efeito imediato nos postos de combustíveis: muitos ainda não possuem diesel disponível nas bombas, ou não receberam produto faturado após o anúncio do desconto.

De acordo com uma funcionária do autoposto Ki Posto, na avenida Getúlio Vargas, no Centro, ainda não foi restabelecida uma normalidade: “Estão entregando cinco, dez mil litros de cada vez. Na sexta-feira acabou o combustível, e recebemos mais no domingo, agora já está na bomba. Temos encomendado, mas estão entregando como dá, não tem previsão para recebermos mais”.

O gerente dos Postos Carol, Davi Rezende, afirma que as duas unidades (na rua Brusque e na rua dos Imigrantes, em Guabiruba) estão aguardando a chegada de combustíveis. Porém, comenta que os descontos no diesel estão sendo aplicados parcialmente, pois a redução ainda não foi repassada pela distribuidora.

Funcionários de outros postos que ainda não estão efetuando o repasse comentaram a mesma situação. Quando o autoposto recebe combustíveis de uma distribuidora e não diretamente da refinaria, depende da data de compra dos produtos para que possa ser feito o repasse do desconto ao consumidor. O diesel que foi faturado antes da data da redução permanece com o preço anterior.

Devido às paralisações, além dos atrasos nas entregas, está havendo um racionamento nos produtos, o que pode causar falta de estoque nos postos, que recebem menor quantidade de litros do que pedem para as distribuidoras.

Segundo o assessor do Sindicato do Comércio Varejista e Derivados de Petróleo de Santa Catarina (Sincombustíveis), Cesar Ferreira, a orientação aos postos de combustíveis é de repassar apenas o desconto que receberam na compra. “Se receber 20 centavos, vai repassar 20 centavos, por exemplo. O que não tem como é o governo prometer 46 centavos de desconto, receber apenas 30 e ter que pagar os outros 16 do bolso”, afirma.

Ele pontua também que os postos devem, em caso de fiscalização, comparar os preços da última nota faturada antes da paralisação com as notas atuais, e repassar como desconto apenas a diferença de preço registrada nas notas fiscais.

Confira os preços dos combustíveis em postos de Brusque e região:

Gasolina mais barata nas refinarias
A partir de terça-feira, 5, o preço da gasolina terá uma queda de 0,68% nas refinarias da Petrobras. Desde sábado, 2, o preço era de R$ 2,0113, e agora, passará a ser de R$ 1,9976.

A redução vem após duas altas consecutivas anunciadas pela Petrobras, que havia elevado o preço em 2,25% no último sábado, depois de um aumento na quarta-feira, 30, de 0,74%.

Postos recebem menos combustíveis do que pedem aos distribuidores | Foto: Arquivo O Município

Movimento volta ao normal nos postos
Postos de Brusque e região relatam que o movimento já está voltando ao normal desde o fim da paralisação dos caminhoneiros. Embora o abastecimento de combustíveis aos estabelecimentos ainda não esteja completamente regular, já não se formam mais tantas filas e a espera do consumidor é bem menor.

Os estabelecimentos relatam que estão recebendo menos combustível do que solicitam aos distribuidores. Um funcionário do Posto Bissoni, em Dom Joaquim, afirma que o autoposto vem recebendo gasolina em quantidade menor do que o que é registrado no pedido. No posto Tridapalli, no bairro São Luiz, embora os pedidos sejam diários, o local só está recebendo gasolina comum.

De acordo com o gerente comercial da distribuidora WDCom, Carlos Mauricio, a distribuição para os postos da bandeira já está normalizada desde o final da última semana, e que não há mais racionamento de produtos desde o fim da paralisação dos caminhoneiros.

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