Prefeito de Guabiruba é criticado na Câmara por vereadores da própria base de apoio; Zirke se manifesta

"É mais fácil criticar do que ajudar", afirma prefeito; vereadores relatam falta de diálogo

Prefeito de Guabiruba é criticado na Câmara por vereadores da própria base de apoio; Zirke se manifesta

"É mais fácil criticar do que ajudar", afirma prefeito; vereadores relatam falta de diálogo

O governo do prefeito de Guabiruba, Valmir Zirke (PP), foi novamente criticado pelos vereadores na sessão da Câmara. As críticas são feitas, inclusive, por parlamentares da própria base de apoio do governo no Legislativo, colegas de partido de Zirke. Na sessão da semana passada, que Zirke marcou presença, os vereadores também criticaram o governo.

O presidente da Câmara, vereador Waldemiro Dalbosco (PP), comentou sobre as prioridades a serem tomadas pela prefeitura. Ele alega que o governo deixou de ouvir a comunidade e os vereadores.

“A população, na semana passada, estranhou o tanto de revolta dos vereadores. As prioridades foram deixadas de lado. Se deixou de ouvir a comunidade e a Câmara. Ao Executivo, que reflita e volte a ouvir a comunidade e que coloque em prática o discurso de uma ‘administração a muitas mãos’”, disse o presidente na tribuna.

O vereador Alexandre Pereira (PP) criticou o que avaliou como decisões tomadas por somente uma pessoa e não em conjunto com os vereadores. A chegada de um projeto de lei que autoriza a prefeitura a adquirir um imóvel para ampliação da escola Professora Rosa Rudolf, no Planície Alta, também foi mencionado.

“Nós ficamos um pouco chateados quando grandes decisões são tomadas e não participamos destas decisões. Digo isto porque, após dois anos e meio de mandato, o Executivo adquiriu nove imóveis e somente nesta sessão chega o primeiro projeto para deliberação do décimo imóvel comprado pelo Executivo”.

Quem também tratou do assunto foi o vereador Jair Kohler (PP), que na sessão anterior com Zirke fez críticas à administração. Ele insinuou que as cobranças da semana passada resultaram em efeitos positivos. Jair contou que, no dia seguinte à sessão, foi até a escola João Jensen e que as obras no educandário estavam em andamento. Um protesto que tratava da situação da escola havia sido realizado na sessão anterior.

“Precisávamos chegar neste ponto? Esta é a pergunta que eu faço. Como os colegas falaram da compra dos imóveis, eu também concordo. Por que nós não ficamos sabendo das coisas? Nós temos o direito e o povo também quer saber. Vamos esperar que o Executivo, daqui para frente, tome outra atitude e tenha diálogo conosco”, cobrou.

Por fim, o vereador agradeceu à prefeitura pela instalação de uma boca de lobo em uma rua, no qual havia solicitado. O parlamentar disse que foi informado por moradores que a obra está sendo feita. “Quando é para elogiar, temos que elogiar. Quando é para criticar, temos que criticar”.

Por fim, o vereador Ricardo Schlindwein (PP) mencionou um buraco de rua no Planície Alta. Na tribuna, ele afirmou que passou pelo local no dia 14 de março e, desde então, faz cobranças semanais. Ainda segundo o vereador, o buraco aumenta cada vez mais.

Ele também parabenizou a Secretaria de Saúde de Guabiruba pela inauguração do espaço da Policlínica. Em aparte, o vereador Cristiano Kormann (PP) elogiou o ex-prefeito Matias Kohler, a ex-secretária de Saúde Patricia Heiderscheidt e a atual secretária Amanda Kormann pela inauguração.

Prefeito se manifesta

Procurado pela reportagem de O Município, o prefeito se manifestou sobre as críticas dos vereadores. Zirke justificou alguns dos assuntos tratados na sessão. Entre eles, o prefeito esclareceu a aquisição do terreno e alega que os vereadores sabiam do assunto.

“Às vezes, nem tudo o que falam é verdadeiro. O diálogo nunca faltou da parte da administração. Por ser um terreno da igreja, a mitra teria que autorizar. Esse projeto foi enviado via Câmara. Eles estavam cientes desta compra”, alega Zirke.

O prefeito também insinuou que as críticas podem ter relação com as eleições municipais de 2024, e diz entender que a postura dos vereadores “de bater” pode ter suposto objetivo de querer ganhar votos na disputa eleitoral do próximo ano.

“É mais fácil criticar do que ajudar. Vejo que estamos em ano próximo das eleições. Percebemos certos ‘ciuminhos’, talvez em querer ‘queimar’… Não sei se é este o objetivo, mas deu a entender. Mesmo que esteja bom ou sendo feito, vão dizer que está ruim”, diz.

Ainda segundo o prefeito, da parte dele sempre houve diálogo com os vereadores. Ele mencionou um encontro com parlamentares da base do governo em que foram apresentados projetos da prefeitura. Zirke diz que somente o presidente da Câmara não pôde participar do encontro.

“Eu entendo que o pedido do vereador é um pedido da comunidade, mas nem sempre é tão rápido como eles gostariam ou como nós gostaríamos que acontecesse. Então, é mais fácil bater e criticar que, talvez, com isso eles cresçam. Talvez este é o motivo de ficarem batendo”, finaliza.


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