Prefeitura de Brusque estuda abertura de canal extravasor junto à ponte do Rio Branco
Medida vem após especulações de que a altura da ponte seria inadequada, e poderia represar água do rio
Medida vem após especulações de que a altura da ponte seria inadequada, e poderia represar água do rio
A Prefeitura de Brusque divulgou nota na tarde desta quarta-feira, 14, na qual se manifesta sobre a situação da obra da ponte do Rio Branco. Segundo o comunicado, deverá ser aberto um canal extravasor junto à ponte, de forma a melhorar a vazão das águas.
A medida vem após terem sido levantadas discussões sobre a altura da ponte. Nas cheias das duas últimas semanas, quando o rio Itajaí-Mirim atingiu pouco mais de 7,5 metros, foi possível verificar que a água quase bateu na cabeceira da ponte.
Na Câmara, vereadores questionaram o fato de que, com uma enchente de proporções maiores, a água poderia ficar represada na ponte, potencializando os alagamentos. Requerimento foi aprovado cobrando do Executivo que aumentasse a altura da obra.
Se isso acontecesse, seria pela segunda vez, já que durante a gestão de Roberto Prudêncio Neto (PSD) o projeto já havia sido modificado, tornando a ponte 1,5 metro mais alta do que no projeto inicial, elaborado durante a gestão Paulo Eccel (PT).
A prefeitura informou que durante as chuvas dos últimos dias uma equipe técnica acompanhou o escoamento das águas na região da ponte e verificou algumas características próprias da construção.
Segundo a prefeitura, logo após o início das obras, a empresa executora já verificou que a altura da ponte não era a adequada para o local, o que gerou o aumento de 1,5 metro no projeto.
Porém, segundo o governo, esse é o limite que as fundações permitiam, atendendo as normas de segurança e estabilidade da ponte, sem comprometer o projeto inicial.
“Para minimizar qualquer impacto de possíveis cheias, a atual administração discutiu com a empresa sobre a execução do canal extravasor junto às cabeceiras e arredores da ponte, o que dará mais vazão para a água do rio Itajaí-Mirim, diminuindo, consequentemente, a altura do nível do rio”, diz a prefeitura, em nota.
O comunicado da prefeitura também diz que, com base nas chuvas que caíram nos últimos dias, foi possível identificar que com essa alternativa – canal extravasor – o volume de vazão que a ponte permite “é muito mais efetivo do que um eventual aumento da atual estrutura, já que haverá um melhor escoamento das águas da chuva”.
A prefeitura informa que já está em estudo a abertura desse canal extravasor, junto à execução da ponte, bem como ainda estuda a possibilidade de aumentar mais um vão de ponte para que seja ampliada a vazão.
A obra é resultado de um convênio firmado com o Fundo de Apoio aos Municípios (Fundam), por meio do governo do estado.
Nesta quarta-feira pela manhã, o presidente da Câmara de Vereadores, Jean Pirola (PP), esteve no local e divulgou um vídeo no qual criticou a postura do governo.
Segundo ele, os moradores vizinhos telefonaram ao Legislativo preocupados porque a empresa executora da obra começou a concretar a ponte, o que inviabilizaria qualquer alteração no projeto.
“A comunidade ligou porque estavam colocando cimento na ponte, e agora não tem mais como levantá-la”, afirmou. “Pergunto agora às autoridades do município, se vão assumir essa responsabilidade. Se vamos ter que torcer e rezar para que a água do rio Itajaí-Mirim não alcance índices que alcançou o ano passado”.