Prefeitura recebe autorização da SCGás para continuar obra na Estrada da Fazenda

Após 90 dias de paralisação, empresa responsável irá elaborar novo cronograma de trabalho

Prefeitura recebe autorização da SCGás para continuar obra na Estrada da Fazenda

Após 90 dias de paralisação, empresa responsável irá elaborar novo cronograma de trabalho

Na tarde desta quinta-feira, 8, o Departamento Geral de Infraestrutura (DGI) recebeu a aprovação oficial da Companhia de Gás de Santa Catarina (SCGás) para continuar a obra de pavimentação e drenagem de um trecho de 820 metros da Estrada da Fazenda, como é conhecida a rua Abraão de Souza e Silva, no Bateas, em Brusque.

Desde maio, as obras neste local estavam paradas. De acordo com a diretora geral do DGI, Andrea Volkmann, tratava-se de problemas técnicos do projeto, apontados pela SCGás, pois naquele trecho passam tubulações de gás da companhia.

“Agora, encaminhamos a decisão para a empresa responsável (Pacopedra) para ela apresentar um novo cronograma de retomadas das obras”, conta.

Luiz Antonello

Segundo Andrea, foi necessário reformular o projeto para resolver essas pendências e não terem problemas com a drenagem.

“Para fazer uma pavimentação em cima destes tubos, existe uma série de normativas que a prefeitura precisa realizar. São medidas de segurança. O que tínhamos anteriormente não estava 100% compatível com o que a SCGás solicitava”, explica.

De acordo com ela, é necessário aguardar o novo cronograma da Pacopedra para as obras continuarem e ser feita uma nova previsão de entrega.

Para o engenheiro civil da DGI, Rafael Kniss, caso tudo ocorra bem na liberação e no andamento das obras, ela pode ser entregue em três meses. “Porém, o prazo ainda será definido”, completa.

Movimento e poeira

Enquanto isso, as janelas e portas da casa da expedidora Ariana Reis Dantas permanecem fechadas e empoeiradas. Ela conta que apenas no fim de semana a residência fica aberta, pois tem menos movimento.

“Com a obra, espero que melhore, porque além da poeira, quando chove, não dá para trafegar a pé, só de carro”, conta.

Segundo o empresário Alencar Heinig, que mora na rua desde que nasceu há 54 anos, os moradores precisam molhar a rua para lidar com o pó. “Muitos anos comendo poeira e, se cair uma chuvinha, bate um palmo de água”, relata.

Durante a presença da reportagem no local, diversos veículos pesados passaram pelo trecho. Segundo os moradores, o movimento piora às 18h, durante a semana, o que ocasiona a subida de poeira.

Planejamento e avanço da obra

Segundo Kniss, apesar do atraso, as obras de outra parte da rua, de 1,18 quilômetros, já foram executadas e estão em fase de finalização. Ou seja, mais de 50% das obras estão prontas.

Luiz Antonello

Ele explica que a questão está sendo trabalhada desde o ano passado, o que possibilitou fazer um projeto paralelo para garantir a execução do outro trecho. “Se não, íamos demorar muito mais para iniciar essa etapa, que já está pronta. Isso adiantou a obra em cinco meses”, explica.

Luiz Antonello

Neste período, segundo ele, foram feitas pequenas intervenções, como sinalização e calçadas. “Também foi feito o prolongamento de uma galeria existente, porque parte da faixa é mais larga, por ter estacionamento nos dois lado”, explica.

Porém, ainda há um trecho sem calçada na parte da obra que não foi paralisada.

Desafios pela frente

Segundo Kniss, quando a obra continuar naquele trecho, profissionais da SCGás deverão estar presentes para a fiscalização.

“Caso um acidente aconteça, o rompimento de uma tubulação de gás, um pessoal treinado precisa estar ali para vedar essa tubulação para não ocorrer nenhuma explosão”, explica.

Para Andrea, cada ação no lugar deve ser feita de forma minuciosa. “Nós estamos quase em um campo minado”, diz. “Terá que ter um fiscal da prefeitura, um fiscal da empresa responsável e a SCGás acompanhando toda a execução desta segunda etapa”, completa.

Mudanças no investimento

O valor da obra é de R$ 3,1 milhões, de acordo com Kniss. “A única coisa que vai ser colocada a mais será o envelopamento da tubulação de gás, uma viga de proteção de concreto armado. Pois em um trecho, vamos passar as nossas tubulações de drenagem por debaixo dos da Companhia”, conta.

O custo dessa mudança ainda não foi orçado, mas ele avalia que impactará pouco no investimento inicial.

Relembre o processo

A ordem de serviço para início da pavimentação da Estrada da Fazenda foi assinada em março de 2018. A primeira empresa contratada executou somente 5% da obra, pois teve o contrato rompido.

“Ela começou a colocar materiais de qualidade inferior, que foram detectados pela fiscalização do município”, explica Kniss.

Em 9 agosto de 2018, foi chamada a segunda empresa Pacopedra, que continua até hoje na realização das obras. A última previsão de entrega informava que a obra ficaria pronta neste segundo semestre.

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