Projeto Babymatematicando ensina aos bebês de Brusque conceitos de matemática
Programa foi premiado na XXI Feira Regional de Matemática, em São João Batista, no fim de agosto
Programa foi premiado na XXI Feira Regional de Matemática, em São João Batista, no fim de agosto
O Centro de Educação Infantil (CEI) Hilda Anna Eccel II criou o Babymatematicando, projeto que ensina os pequenos do berçário II sobre matemática. Eles aprendem os conceitos de matemática como soma, medidas e localização, tudo conforme as diretrizes estabelecidas pela Secretaria de Educação de Brusque.
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De acordo com a coordenadora do CEI, Graciela Nunes Duarte, essa base criada pelo educandário é fundamental para os estudos futuros das crianças. “Quando ela tem essa base, é muito mais fácil para conseguir aprender”, avalia.
No entanto, as professoras tiveram que estudar uma forma de ensinar matemática aos pequenos, visto que a idade deles varia entre 1 e 2 anos. “Esse é o nosso grande desafio. É que na educação infantil tudo é por meio do brincar, então a gente não tem disciplina”, pontua.
As crianças não aprendem por meio dos cálculos, pois são muito pequenos. A escola utiliza os conceitos matemáticos como localização espacial, dentro, fora, cheio, vazio, volumes, ao lado de, entre, próximo, formas geométricas e quebra-cabeça.
Mãos a obra
A professora Maria Elizandra Schaeser trabalhou com o berçário II H as formas geométricas. Ela desenhou em uma caixa de pizza algumas formas e pintou com as cores primárias. Além de incentivar os alunos a reconhecerem e encaixarem as formas no lugar certo, eles também aprenderam a identificar o vermelho, azul e amarelo.
“Alguns conseguem diferenciar azul, amarelo e vermelho, alguns já falam as cores, mas a maioria já sabe diferenciar. É mais fácil para eles entenderem a cor do que a forma geométrica”, pontua a professora.
Outra turma que também trabalhou com as formas geométricas foi o berçário II I. A professora Luana Pedrini Debatin criou três caixas, cada uma com uma cor e forma. A função dos alunos era depositar uma bolinha com a cor equivalente a figura geométrica. A tarefa é realizada com sucesso pelos alunos.
A professora Tânia Adriana Duarte, responsável pelo berçário II G, produziu um quebra-cabeça em tamanho real com três caixas de papelão. Cada uma representava um membro do corpo humano, cabeça, tronco e pés. Foram coladas fotos das crianças para eles identificarem e conseguirem montar o quebra-cabeça de acordo com a própria imagem. “Foi um impacto bastante grande”, declara Tânia.
Segundo a coordenadora, as crianças conseguem montar o brinquedo com o intermédio da professora. “Ela vai perguntando, onde fica o pé? O pé fica em cima ou em baixo?”, revela Graciela.
No berçário II D, a professora Ana Paula Schlindwein trabalhou as medidas enquanto produzia massinha de modelar com os alunos. Ela utiliza uma receita e sempre que coloca um ingrediente na bacia, mostra aos alunos quanto será colocado de trigo, água, vinagre e óleo.
“A massinha dura uma semana. Trabalhamos as medidas com as crianças”, enfatiza.
Além disso, três salas trabalharam com animais da fazenda e do mar. No berçário II F a professora Saranéia da Silva Pavão contava histórias sobre os animais do mar enquanto colava os bichinhos, de acordo com a profundidade, no jaleco.
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Na turma da professora Angela Maria da Silva, berçário II C, os alunos escolheram trabalhar com um peixinho e aprenderam a alimentar contando a ração. E no berçário II A, a professora Cibele Furbringer usou um patinho para ensinar a localização.
Resultados
O programa foi inscrito na XXI Feira Regional de Matemática, realizada no início de setembro, e foi o vencedor na categoria professor. Em outubro, a escola concorrerá a etapa estadual da feira, em Massaranduba.
Além disso, a coordenadora afirma que os avanços dos pequenos já são perceptíveis. “Quando a gente recebeu os bebês, eles não tinham noção de sentar para fazer uma atividade, a questão da sequência da rotina do dia deles. A princípio conseguimos esses resultados, principalmente na concentração das crianças que teve o maior ganho e a outra parte foi o conhecimento”, avalia Graci.