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Projeto da Secretaria de Saúde levanta demandas de cada bairro de Brusque

Territorialização visa adequar os recursos investidos conforme as necessidades de cada comunidade

A Secretaria de Saúde de Brusque implantará, nos próximos meses, o projeto Territorialização, que envolve mediadores, residentes e a Estratégia Saúde da Família (ESF). O objetivo é entender as demandas específicas e peculiaridades culturais, de saúde, infraestrutura, entre outros aspectos de cada localidade.

De acordo com a pasta, o intuito é coletar informações que subsidiem tomadas de decisões, conforme cada área da cidade mais necessita. Antes de ser consolidado como um projeto estratégico de governo, a Territorialização passou por uma fase de testes em quatro regiões do município, consideradas estratégicas: Poço Fundo, Rio Branco, Planalto e São Pedro.

Nos próximos meses, todas as demais regiões irão passar pelo mapeamento. De acordo com a cirurgiã dentista e preceptora da Secretaria de Saúde, Carolina Nassd Holanda, o aprimoramento do conhecimento de cada território de Brusque acaba estimulando o fortalecimento e a participação social.

“Desta maneira, buscaremos elaborar planejamentos de saúde pertinentes para a comunidade, assim como redistribuir a população nas Estratégias de Saúde da Família, adequando o número máximo de habitantes por estratégia, facilitando o acesso às Unidades Básicas de Saúde”, afirma.

A Territorialização serve de norte para as atividades executivas da Secretaria de Saúde. Por exemplo, a quantidade de remédios que serão distribuídos por bairro, a demanda de atendimentos mensais por UBS e a especialidade mais requisitada em cada local. Além disso, a estratégia tem o objetivo de servir como referência para todas as outras secretarias.

“Esses dados coletados podem ser utilizados para um planejamento de gestão como um todo. É uma bússola que pretende mostrar como investir melhor o recurso, resultando em um benefício maior para a população. A gente trabalha com o conceito ampliado de saúde. Todas as coisas que interferem na vida das pessoas pode ser considerado como algo que causa saúde ou doença”, diz a fisioterapeuta Karoline Favero, que também atua na secretaria.

Ainda conforme Karoline, os próximos sete territórios a serem mapeados são: São Luiz, Santa Luzia, Zantão, Paquetá, Santa Terezinha, Guarani e Azambuja/Primeiro de Maio. “Terminando esse processo nessas sete equipes, daremos continuidade em outros sete locais, até atingirmos 100% das estratégias do município”.

Levantamento em campo
Os dados são levantados de questionários aplicados pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Também é feita a fotoetnografia, que é o registro e a apropriação, por meio de fotografias em sequências narrativas.

O secretário de Saúde, Humberto Fornari, explica que as estratégias de saúde não precisam mais ser padronizadas em todas as regiões de saúde. “Por exemplo: se em determinado território haver mais crianças presentes, nós temos que ter uma atenção mais voltada para a infância. O mesmo ocorre se você tiver uma região onde há mais usuários de drogas, dependentes de álcool, é uma visão diferente para cada população, para que ela seja atendida na sua plenitude”, pontua.

Questão de estratégia
A interação de todas as secretarias será importante para que a potencialidade da territorialização seja explorada em seu máximo. Para o secretário de Governo e Gestão Estratégica, Willian Molina, trata-se de mais uma ferramenta para que os recursos públicos sejam utilizados de maneira responsável.

“Toda essa inteligência coletada vai subsidiar uma série de decisões do poder Executivo, já que traz à tona o que verdadeiramente cada comunidade mais necessita, tanto em questão de obras, pavimentação, saúde, assistência social, educação e tudo o mais que nos compete à administração municipal fornecer à população”, salienta.

Apesar de os levantamentos feitos pela Saúde possuírem a prerrogativa de serem utilizados em outras pastas da administração municipal, a intenção do governo, ainda segundo Molina, é incentivar as demais secretarias a efetuarem estudos semelhantes.

“Desta maneira, todas as nossas ações serão baseadas em dados científicos e não no senso comum, buscando equacionar os investimentos em todas as áreas e estimulando a participação de toda a comunidade brusquense”, finaliza.

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