Projeto Golfinho ensina noções de prevenção a afogamentos a crianças
Treinamento realizado pelo Corpo de Bombeiros em Brusque contou com 19 participantes
Treinamento realizado pelo Corpo de Bombeiros em Brusque contou com 19 participantes
Com objetivo de conscientizar as crianças sobre a prevenção de afogamento nas praias, piscinas e rios, o Corpo de Bombeiros realizou, na semana passada, em o projeto Golfinho. O treinamento ocorreu no Clube de Caça e Tiro Araújo Brusque, e contou com a participação de 19 crianças de dez a 12 anos.
O programa, que foi idealizado no litoral, tem por característica trazer ensinamentos de maneira lúdica, identificando riscos e aprendendo como proceder em uma situação de emergência.
O comandante dos bombeiros de Brusque, tenente Hugo Manfrin Dallossi, conta que a instrução foi ministrada pela cabo Krueger, de Florianópolis. “Ela desenvolveu o projeto voltado para as praias e agora reformulou também para as cidades não localizadas no litoral”, diz. Participaram da ação bombeiros militares e comunitários de Brusque, que apoiaram na condução do evento e segurança das crianças.
Manfrin ressalta que o projeto foi adaptado para as cidades do interior por também haver riscos em piscinas, clubes e parques. “Além disso, Brusque está localizada a cerca de 30 km das praias e muitas das crianças se deslocam para o litoral, especialmente no verão, durante as férias escolares”. A nova modalidade foi aplicada, inicialmente, em Chapecó e Blumenau.
Um dos participantes do projeto, Arthur Sophiatti, de 13 anos, diz que a experiência ajudou a esclarecer algumas dúvidas quanto aos riscos nas águas. “Sempre quis saber mais como me proteger e também o que fazer para ajudar as outras pessoas”.
O menino, que é filho do sargento Sophiatti, do Corpo de Bombeiros, tem como projeto de vida seguir a profissão de militar do pai. A mãe Patrícia relata que foi o próprio filho que realizou a inscrição por e-mail. “Quando meu marido falou sobre o projeto, ele se interessou, se inscreveu, e convidou outros amigos para participar”.
Ela lamenta que o projeto tenha sido realizado em apenas um dia e afirma que é necessário expandir para que mais crianças possam ser beneficiadas. “Chega o verão e as ocorrências de afogamento aumentam. Nessa temporada ainda tivemos um caso em Major Gercino envolvendo três irmãos, que comoveu muito. É preciso levar esse conhecimento para as crianças, que são muito curiosas”, diz.
Marco Teodoro Kohler, 54, revela que ficou bastante feliz quando o filho Henrique Tormena Kohler, 12, pediu permissão para participar do projeto. “Ele faz natação há três anos, já tem um pouco de noção. Mas a gente sempre tem preocupação, pois quando vamos à praia ele acha que sabe tudo, mas o mar engana muito. É bastante diferente da piscina”.
O projeto Golfinho foi aplicado nas cidades sem litoral de forma experimental e ainda deverá passar por ajustes. “Acreditamos que haverá um curso para formação de instrutores. A nossa intenção é formar bombeiros militares instrutores em Brusque, para desenvolvermos o projeto mais vezes, principalmente no início do verão, nos meses de novembro e dezembro”, revela.