Projeto integra família e escola para resgate de valores no bairro São Luiz
Usando livro infantil Galinha Ruiva como material de apoio, iniciativa abrange 25 alunos do CEI Tia Liza
Usando livro infantil Galinha Ruiva como material de apoio, iniciativa abrange 25 alunos do CEI Tia Liza
A integração entre atividades nas salas de aula e nas casas de estudantes do Centro de Educação Infantil (CEIA) Tia Liza, no bairro São Luiz, tem alterado a forma como as crianças interagem entre si. Para estimular as reflexões sobre os valores na educação, foi utilizada a história infantil Galinha Ruiva. A iniciativa abrange os 25 alunos da turma do Infantil II, com idades entre quatro e cinco anos.
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O projeto inicial deveria ter durado entre abril e maio deste ano, mas os resultados fizeram a professora Marlise Raquel Voltolini expandir a iniciativa e integrar mais as famílias no processo. Segundo a educadora, a exploração da história para estimular valores de solidariedade, cooperação e respeito foi uma forma encontrada de ajudar na adaptação e melhor relacionamento entre os alunos.
Segundo ela, dificuldades de interação entre as crianças eram recorrentes até o início das práticas do projeto. Mesmo ações simples, como a divisão de brinquedos, geravam reações negativas na turma. Durante os jogos, relata, também eram comuns situações de impaciência com os colegas.
Professora há 22 anos, Raquel acredita que a realidade não é uma exclusividade do bairro e reflete as mudanças nas rotinas das famílias e da sociedade. De acordo com ela, ações que estimulem o respeito e o melhor tratamento com o professor e com o próximo são uma necessidade.
Atividades itinerantes
Para começar as atividades, Raquel enviou o livro para as famílias dos estudantes. Além da leitura, os familiares e as crianças deveriam fazer sua representação da história e um relato sobre a experiência.
Da medida vieram atividades como jogos confeccionados pelos alunos, que são utilizados em sala de aula, como forma de integrar o grupo. Familiares passaram a participar da criação de finais alternativos para a história, onde as crianças projetam os aprendizados que tiveram durante o projeto no contexto dos personagens da história.
Com o trabalho, além da melhora de relacionamento entre o grupo, destaca a tendência de maior facilidade para eles se adaptarem em novos ambientes, respeitando os novos colegas e reagindo melhor às divergências de opinião. “Acredito que é algo que eles vão levar para o resto da vida deles”.
Iniciativa aprovada
Entre os pais dos alunos participantes, o projeto foi bem recebido. Os resultados, segundo a mãe Lusileide Elias, são percebidos no dia a dia. “Eles gostaram e ficaram muito empolgados. Para nós também foi bom e conseguimos interagir com eles, foi algo bem legal e criativo”.
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Mãe de Nicolas e Nicole, de 4 anos, ela destaca a maior facilidade deles em entender a necessidade de dividir os objetos e mais respeito com os colegas. Segundo ela, foi a primeira a experiência do tipo desenvolvida durante a vida escolar dos filhos e acredita que a ação pode ajudar no desenvolvimento das crianças.
Para Lusileide, poder acompanhar a participação dos filhos na criação de um final alternativo da história foi uma experiência marcante. De acordo com ela, apesar da idade, eles contribuíram com ideias.
A versão da família para o encerramento da fábula transmite parte dos aprendizados adquiridos. Diferente do desfecho original, na representação, o grupo de animais decide colaborar entre si e dividir os alimentos produzidos.